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16 de abril de 2024

Dom Anuar permanece em Maringá e pode continuar celebrando missas


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 20/11/2019 às 13h47 Atualizado 25/02/2023 às 01h28
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Foram os rápidos apagões durante as missas que acenderam o alerta. Numa das vezes, durante a comunhão, os fiéis pensaram que Dom Anuar Battisti estava rezando, mas os padres que o acompanhavam de perto perceberam. Era como se tivesse perdido a consciência.

Aos 65 anos, Dom Anuar sofre agora o agravamento de sequelas de um derrame nos anos 2000. Por isso, a difícil decisão de renunciar ao cargo de Arcebispo de Maringá. O pedido foi feito meses atrás ao Papa Francisco e, nesta quarta-feira (20), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou a decisão do papa de acolher o pedido de Dom Anuar. O agora arcebispo emérito de Maringá não deu entrevistas, mas leu na presença de jornalistas a carta de renúncia, que começa com a explicação numa voz emocionada.

“O santo padre aceitou o meu pedido de renúncia por motivos de saúde. Aos 10 anos de idade entrei para o seminário e minha vida sempre foi dedicada à Igreja. Sou muito feliz em ter feito esta escolha. Nunca me queixei do cansaço que as atividades inerentes ao episcopado provocam. Sempre procurei fazer o melhor, mesmo em meio às adversidades. Como Arcebispo de Maringá tive a graça de ordenar 45 diáconos permanentes, 37 padres e três bispos do clero de Maringá. Tudo isso fruto de uma Igreja organizada que herdei dos meus antecessores, Dom Jaime Luiz Coelho, Dom Murilo Krieger e Dom João Braz de Aviz”, disse. 

Dom Anuar citou obras realizadas durante a administração, como a retomada do albergue Santa Luiza de Marillac. E comemorou o aumento de 14% no número de católicos em Maringá.

“Diante desta bela história, reconheço que chegou o momento de deixar o governo da Arquidiocese de Maringá. Nos últimos meses meu corpo físico já tem dado sinais de esgotamento, e a orientação médica é para diminuir o ritmo de vida, por isso pedi ao Santo Padre a renúncia ao governo da Arquidiocese, passando a ser Arcebispo Emérito. Deixo o lugar para outro com mais disposição, capaz de governar esta Igreja particular com o vigor necessário”

Até que o novo arcebispo de Maringá seja escolhido pelo Papa Francisco, a administração da arquidiocese ficará a cargo do bispo de Umuarama Frei João Mamede Filho, que virá a Maringá nessa quinta-feira e tem agenda com os padres na sexta. O presidente do Tribunal Eclesiástico, vigário Dirceu Alves do Nascimento, explica o que cabe ao administrador apostólico.

“Ele não pode fazer grandes inovações. Aquelas emergenciais, ele vai ter que resolver, mas ele não pode chegar e criar coisas novas, [fazer] mudanças. Ele vai preparar o caminho para a chegada do novo arcebispo”, detalha. 

A escolha do novo arcebispo pode levar um ano. “A escolha começa de imediato, a Nunciatura Apostólica no Brasil, que representa o papa, começa a consultar os arcebispos, para que eles indiquem algum nome que possa assumir em Maringá. E aí é um processo de conversas, de avaliações, e creio que em torno de nove meses ou um ano deve sair o nome do novo arcebispo”, explica. 

Dom Anuar permanece morando em Maringá e pode continuar celebrando missas. Foi a primeira vez que um arcebispo de Maringá renunciou por problemas de saúde. Anteriormente, Dom Jaime renunciou ao atingir a idade máxima para um arcebispo: 75 anos, e os outros arcebispos da cidade foram transferidos.

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