Escritor dá vida à Maria do Ingá
O ano é 1958, e Maringá é uma cidade que está começando a caminhar. Em um local com poucas ruas, em meio à poeira e trabalhadores na Vila Operária está Maria, uma lavadeira que, por alguns motivos, fica conhecida como Maria do Ingá. Nesse mesmo ano, um escritor norte-americano, já famoso, visita a cidade do norte do Paraná: é John dos Passos.
E, ao que tudo indica, ele teria se encontrado com a cabocla. Seis décadas depois, em 2018, um estudante norte-americano chamado Dean Albuquerque vem ao Brasil, em um intercâmbio na Universidade Estadual de Maring, para estudar o que dos Passos fez na cidade e saber mais quanto a essa história do passado.
Esse é o enredo do livro “Os passos vermelhos de John ou a invenção do tempo”, sexto trabalho do escritor Luigi Ricciardi, lançado pela editora Penalux.
A ideia de produzir a obra surgiu após o escritor ouvir do poeta Ademir Demarchi, maringaense radicado em Santos (SP), a história de que John dos Passos veio a Maringá. Para escrever o romance, Ricciardi fez pesquisas. Ele se debruçou na obra do norte-americano e na história local, mas, garante, o romance é uma ficção, então não será fiel a tudo que aconteceu.
Ricciardi, nascido em Londrina mas radicado em Maringá desde criança, trabalhou ao longo dos últimos anos na obra, o primeiro romance dele. Os outros livros são de contos – normalmente narrativas menores em extensão. Segundo o autor, a produção de “Os passos…” demandou mais detalhes. E o romance deu mais espaço para contar a história.
O lançamento de “Os passos vermelhos de John ou a invenção do tempo” estava previsto para o dia 10 de maio, aniversário de Maringá, mas, devido ao coronavírus, deve haver alteração.
A obra já está em pré-venda no site da editora.
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