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19 de abril de 2024

Fotógrafo de Maringá registra tragédia em Brumadinho; VEJA AS IMAGENS


Por Nailena Faian Publicado 11/02/2019 às 16h56 Atualizado 20/02/2023 às 00h09
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Breno Thomé Ortega, de 23 anos, é fotógrafo e estudante de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). De férias, ele estava com tudo pronto para ir à praia, mas o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, mudou seus planos.

Sensibilizado com a tragédia, ocorrida no dia 25 de janeiro e que contabiliza 165 mortes e ainda 155 pessoas desaparecidas, Ortega não pensou duas vezes e foi para a cidade mineira. “Não fazia sentido eu estar em outro lugar se não lá. Queria ajudar a comunidade de alguma forma com meu trabalho, a fotografia”, diz.

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Ele ficou sete dias em Brumadinho registrando em imagens a dor e o sofrimento da comunidade e dos animais de lá. Por meio de seu olhar, também eternizou em fotos a solidariedade e esforço dos bombeiros, socorristas e voluntários na procura pelas vítimas e também no apoio aos que sobreviveram.

“Ainda estou digerindo tudo que senti lá. No local em que houve o rompimento da barragem há um mar de lama, uma situação imensurável, um cheiro de morte. Você vê helicóptero carregando corpo o dia inteiro, vê bombeiros se entregando por completo para achar os desaparecidos”, descreve.

Aldeia afetada

Ortega passou quatro dias na aldeia dos pataxós, comunidade que sobrevivia do Rio Paraopeba, águas que viraram lama após o rompimento da barragem da Vale.

“Eles dependiam do rio, pescavam lá, faziam seu ritual sagrado, cuidavam do rio, precisavam da água dele para tomar banho, para regar a plantação, perderam tudo”, conta, comovido, o maringaense.

A ideia dele, agora, é reunir as imagens e vídeos que fez no local e produzir um documentário e uma exposição de fotografias. As fotos, ele pretende vender e destinar o dinheiro para a comunidade indígena. “Eles estavam dependendo de doação de água para se manter e tiveram que ser levados para uma aldeia irmã”, relata.

A experiência triste e marcante deixa também seu lado positivo na memória do maringaense.

“O que mais eu senti e me marcou são as pessoas que estavam lá de coração aberto, que se entregaram para ajudar, eram pessoas do Brasil todo e da própria cidade se solidarizando”, finaliza.

Abaixo uma galeria de fotos do trabalho do maringaense. Quem quiser acompanhar o trabalho dele pode segui-lo pelo Instagram: @brenoto.

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