Hotel oferece leitos para pacientes com coronavírus, caso precise
A Secretaria de Saúde de Maringá está reorganizando a oferta de leitos na cidade para atender pacientes com sintomas respiratórios, possíveis pacientes da Covid-19. Cinco unidades de saúde vão funcionar como unidades de pronto atendimento atendendo a população durante 24 horas.
Equipes da prefeitura passaram a quarta-feira inteira percorrendo as unidades e avaliando a estrutura. O secretário de Saúde, Jair Biatto, disse que os pacientes atendidos nessas unidades que são a Pinheiros, Iguaçu, Quebec, Zona Sul e Mandacaru, vão ser direcionados para outras.
“Os profissionais médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos vão ficar nesses lugares, vão receber o apoio dos profissionais da UPA Zona Sul, que vai ser fechada, pra compor uma escala e funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana para atender a população. As duas UBSs que é o Quebec e que é o Iguaçu, além de receber a demanda espontânea da população, está organizada com leitos de emergência para atender o Samu, para facilitar onde vai ser encaminhado os pacientes do Samu. Porque essas cinco unidades vão atender queixas que não são respiratórias, queixas relacionadas com outras doenças […]. Enquanto que a UPA do Zona Norte vai atender os casos com sintomas respiratórios e o PAC, separado, vai atender todos os atendimento pediátricos”, explicou o secretário da Saúde.
Maringá tem 1392 leitos de enfermaria, destes 752 são do SUS. E 241 leitos de UTI, 115 deles do SUS.
Engenheiros estão dimensionando a UPA Zona Sul, que ficará fechada na sexta-feira, 20. O objetivo é abrir mais vagas.
“Nós sabemos que esse período do coronavírus é de 20 a 25 semanas e que os casos vão crescer progressivamente. […] Nós estamos na busca há mais de um mês de equipamento para comprar. Precisa de respirador. Então o Estado também vai fornecer, mas o município também está a procura de adquirir”, completou Biatto.
E a Saúde não descarta utilizar até leitos de hotéis para isolar pacientes, como outros países fizeram.
“Foi o que aconteceu em Wuhan (China). Os números mostram […] que no momento de crise lá […], cada paciente infectado transmitia para 3,8 (habitantes). Eles fizeram uma ação de isolamento social, isso caiu para quase 1,6. Mas eles perceberam que os casos ainda se mantinham crescendo, porque estava isolado socialmente a família e, junto na casa, o paciente doente. […] A partir do momento em que eles deixaram as pessoas não doentes em casa, isolado socialmente e pegou esse paciente doente e levou para ficarem isolado sozinho, num grupo, num hotel […], diminuiu para 0,3 o número de transmissão, menos casos. Agora, a gente não sabe se vai acontecer aqui, eu só mostrei os números, só mostrei estratégias”, exemplificou Biatto como uma possível estratégia a ser executada.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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