Imprensa é porto seguro para ouvintes, leitores e telespectadores
A CBN Maringá tem recebido dezenas de telefonemas todos os dias de ouvintes com dúvidas sobre as restrições impostas no período de isolamento social.
São pessoas com dúvidas que vão desde simples questionamentos, que podem ser esclarecidos com uma leitura apurada dos decretos, portarias e normas a até dúvidas mais complexas que algumas vezes até as autoridades competentes têm dificuldades em responder.
A situação criada pela pandemia do coronavírus está fazendo emergir problemas pontuais, como o do aposentado Benedito Martins, de 72 anos, que mora sozinho e não tem intimidade com a internet. Ele tem uma conta de água para pagar e não sabe como.
Benedito pagava sempre em lotérica e com dinheiro. A Sanepar informa que algumas farmácias recebem a conta. Mas ele ligou em duas farmácias e elas disseram que por causa do coronavírus, para evitar aglomerações, não estão recebendo.
“Eu estou com uma conta de água vencida para efetuar o pagamento, houve essa quarentena na cidade, eu estou proibido pelo decreto do prefeito de sair às ruas. Ontem, eu arrisquei sair, fui em duas agências bancárias tentando fazer o pagamento, não recebem. Entrei em contato com a Sanepar em Curitiba, me informaram que teriam os locais de recebimento na farmácia […]. Eu quero pagar e não posso, se eu não pago, eles fazem o corte, porque o corte está normal, não está suspenso até segunda ordem”.
Os ouvintes da CBN entram em contato, por telefone, por WhatsApp, pelas redes sociais e durante as transmissões ao vivo pelo Facebook. Com perguntas que contribuem com o debate e, inclusive, com o aperfeiçoamento de medidas adotadas pelo Poder Público.
E não são só os ouvintes locais que recorrem à CBN Maringá para pedir ajuda. Lá de fora, no exterior, ouvintes entram em contato pedindo literalmente, no caso do Lucas Araújo, socorro.
Ele e outros brasileiros estão sem poder sair do Equador, que fechou as fronteiras por causa do coronavírus. A CBN fez reportagem sobre o assunto. E nessa segunda-feira, 23, mais um pedido de socorro.
“A gente ainda está em Quito […]. A gente ainda está um pouco chateado com a situação. Acabamos de ver no Instagram do Itamaraty outros lugares que já voltaram para casa e a gente está achando que nossa embaixada está tratando nossa situação muito devagar, ou até mesmo com um pouco de descaso. A gente não tem informação da embaixada, a única coisa que respondem é uma resposta padrão […] Faz oito dias já, eu acho que é uma coisa que não poderia ser tão demorada assim. Nós acabamos de ver, brasileiros da Colômbia, Argentina e Peru já voltaram para casa. Brasileiros do México, através da embaixada, voltaram para casa […]. Brasileiros da Nigéria já voltaram para casa. […] 32 brasileiros da Polônia voltaram para casa. 43 brasileiros da Índia. Grupos bem menores, o Governo já se movimentou, as embaixadas já se movimentaram e a gente já não sabe mais o que fazer. Não resposta da nossa embaixada aqui, não tem previsão de quando vai voltar para casa”.
A CBN entrou em contato com a Sanepar para saber qual a solução que a empresa apresenta ao cliente. E também estamos tentando contato com a embaixada brasileira em Quito, no Equador.
Ouça a reportagem na íntegra na CBN Maringá.
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