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24 de abril de 2024

Médicos são condenados por morte de criança em Maringá


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 15/07/2019 às 21h56 Atualizado 23/02/2023 às 12h25
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Os médicos Fabiana da Silva Saenger e Evandro Luiz Felippe foram condenados por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – no caso da criança Alhanda Semprebom. Ela morreu em abril de 2013 em Maringá, após contrair uma infecção e ter vários outros problemas. Alhanda tinha 10 meses de vida.

Os médicos foram condenados a um ano e seis meses de prisão em regime aberto. Entre outros motivos argumentados pela Justiça está a negligência médica. A sentença foi dada pelo juiz da primeira Vara Criminal de Maringá, Cláudio Camargo dos Santos, no dia 10 deste mês. Mais de seis anos após a morte da criança.

Na sentença, o magistrado escreveu que as informações obtidas ao longo do processo indicam que os médicos não tiveram o cuidado necessário para com Alhanda. No dia 8 de abril de 2013, Evandro Luiz Felippe, que era o pediatra responsável na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, não deu a ela o soro e nem tomou cuidados que se faziam necessários. Escreveu o juiz:

“Observa-se que a conduta adotada pelo denunciado EVANDRO durante o plantão no dia dos fatos se mostrou negligente relativamente à vítima Alhandra, em especial por não ter evoluído as condutas e o quadro da mesma em seu prontuário, bem como por ter optado por alterar sua via de hidratação, retirando da mesma o acesso venoso, além da ausência de exames físicos a serem realizados de forma mais detalhada”.

No dia seguinte, Fabiana da Silva Saenger assumiu o posto de responsável pela ala pediátrica da UPA Zona Norte no lugar de Felippe. Na sentença, o juiz relatou que: “é certo que a denunciada Fabiana deixou de realizar os exames necessários em Alhandra ao determinar sua transferência ao Hospital Municipal, agindo, portanto, com negligência”.

A criança foi levada ao Hospital Municipal e depois ao Hospital Universitário – onde morreu.

Apesar de pedir a prisão, a Justiça disse que os condenados em primeira instância podem responder ao processo em liberdade. Como os médicos não têm antecedentes criminais, a pena pode ser convertida para trabalho voluntário ou limitação de fim de semana.

A execução da pena depende da Vara de Execuções Penais. Cabe recurso no processo.

A mãe da Alhanda, Andreza Semprebom, comentou a decisão em um vídeo no Facebook. Ela disse que foi uma luta.

Fabiana da Silva Saenger pediu exoneração da Prefeitura de Maringá em 2014. Evandro Luiz Felippe segue prestando serviços ao município.

A advogada dos médicos, Ana Cláudia Pirajá, informou estar fora do Brasil e que ainda não recebeu a sentença. Apesar disso, disse acreditar que os clientes dela são inocentes e que irá recorrer.

https://www.facebook.com/jonaslourenco.silva/videos/2292117540879760/UzpfSTEwMDAwNDQzOTQ5MzQwNDoxNzI1MzA5MDk3NjI3MDU3/

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