Menos de 5% do comércio tem autorização para abrir em novo decreto
O prefeito de Maringá Ulisses Maia publicou um novo decreto nesta segunda-feira, 6, autorizando o funcionamento de clínicas médicas e odontológicas, borracharias e oficinas mecânicas e elétricas e banhos medicamentosos em pet shops.
O decreto anterior só permitia clínicas médicas de especialidades essenciais como pneumologia, por exemplo, e as clínicas odontológicas apenas casos de urgência.
O prefeito falou em retomada gradativa e segura da atividade econômica. Mas a cidade praticamente continua em quarentena absoluta, porque os estabelecimentos autorizados a abrir representam menos de 5% do total, diz o secretário de Saúde Jair Biatto. Segundo ele, apesar do funcionamento, os estabelecimentos precisam seguir uma série de regras.
“Nós vamos abrir em horários diferentes – as clínicas médicas, das 9h às 17h, as outras, das 8h às 18h. Não tem atendimento aos sábados e domingos e apenas de urgência e emergência, agendados por telefone. Nós vamos passar a ter uma vigilância ativa dentro dos hospitais para monitorar a ocupação dos leitos de hospitais públicos e privados para controlar e coibir procedimentos que não devam ser realizados com a abertura dessas clínicas”, ressalta.
O prefeito diz que na semana que vem outros estabelecimentos serão autorizados a abrir, conforme avaliação técnica. Ulisses Maia citou Cascavel que vem permitindo a abertura do comércio de forma mais ampla. O prefeito reconhece que 5% é pouco.
“Não dá para voltar tudo de uma vez. Se voltar, todo o isolamento feito, todo o trabalho, nós vamos perder. Nós estamos conseguindo resultado positivo, a curva não está exponencial, está aparentemente achatada, que era o objetivo. Estamos num trabalho de muita técnica e ouvindo diversos segmentos para planejar. Essa semana foram esses [estabelecimentos] e, semana que vem, é bem possível – se o comportamento se mantiver o mesmo – que nós possamos liberar outros, mas com segurança”, avalia Maia.
Em Maringá, estabelecimentos como panificadoras e lojas de conveniência de postos de combustíveis conseguiram ordem judicial para funcionar e com parecer favorável do Ministério Público. A condição é que adotem as medidas de segurança e higiene como uso de máscaras e luvas.
Na decisão judicial para os postos de combustíveis, a Justiça determina uso de máscaras inclusive por parte dos clientes. O prefeito Ulisses Maia diz que os técnicos da prefeitura estão avaliando a possibilidade de obrigar toda a população a usar máscaras.
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