Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

18 de abril de 2024

Passando dificuldades na Venezuela, família se muda para Maringá


Por Nailena Faian Publicado 22/06/2019 às 20h39 Atualizado 23/02/2023 às 02h36
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O venezuelano Fernando Palma tem 48 anos. Morava no país com a esposa e os dois filhos, de 4 e 15 anos,  até que a crise que o local enfrenta foi ficando insustentável e  afetou a família. Foi aí que ele resolveu vir para o Brasil e escolheu Maringá para viver.

“Sem comida, sem trabalho, estava muito difícil lá. O que ganhávamos não conseguíamos comprar as coisas que precisávamos”, lembra Palma.

Ele conhecia um venezuelano que era casado com uma brasileira, moradores de Maringá, por isso se refugiou na cidade em setembro do ano passado. Em dois meses conseguiu trabalho e só depois de nove meses conseguiu trazer a família.

“Deixei casa própria, carro, o restante da família tudo lá”, diz. Hoje a rotina dele se divide em trabalhar como auxiliar de cozinha em dois restaurantes e ficar com a família.

Segundo dados do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), só no ano passado foram feitas 119 solicitações de refúgio em Maringá, das quais uma pessoa era de nacionalidade venezuelana, 96 de nacionalidade haitiana e 16 de outras nacionalidades.

No entanto, o número de refugiados venezuelanos é bem maior, explica Erick Pérez, presidente do Instituto Sendas, uma das entidades que presta apoio aos estrangeiros.

“A movimentação para o Brasil é mais de venezuelanos. Só que o Brasil não reconhece os venezuelanos como refugiados. Eles liberam um visto especial que se chama visto de país fronteiriço. Isso é bom por um lado, mas por outro é ruim. A responsabilidade que o país tem sobre a pessoa quando ela tem visto não é a mesma do que ser refugiado”, diz.

O Instituto Sendas atua promovendo a integração do refugiado com a comunidade que ele escolheu para viver.  “Acompanhamos eles fornecendo ferramentas pessoais e sociais para que eles próprios sejam protagonistas de seu próprio processo”, diz Pérez.

Nesta quinta-feira (20) foi celebrado o Dia Mundial do Refugiado. 

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação