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16 de abril de 2024

Pesquisador de Maringá cria sensor que detecta fraude em combustível


Por Fábio Guillen Publicado 28/02/2020 às 16h13 Atualizado 23/02/2023 às 22h52
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Um sensor eletroquímico desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em parceria com o Consiglio Nazionale delle Ricerche, na Itália, promete resolver um problema que se tornou corriqueiro no Brasil: a venda de combustíveis adulterados.

O sensor criado em Maringá é do tamanho de um chipe, tem meio centímetro, e ao entrar em contato com líquidos envia sinais eletroquímicos a um display informando a quantidade de álcool que existe no recipiente.

“A ideia foi criar um sensor que informasse a quantidade de álcool misturado na gasolina porque a gente ouve muito falar em fraudes. Eu como pesquisador precisava fazer alguma coisa”, disse ao GMC Online Andrelson Wellington Rinaldi, chefe do Departamento de Química da UEM e um dos inventores da tecnologia.

O sensor desenvolvido na UEM pode ser instalado no carro, no canal onde passa o combustível, e no momento do abastecimento o motorista já vai sair se a gasolina que está comprando tem a quantidade de álcool permitida. “O Governo Federal estipula que se acrescente até 27% de etanol anidro à gasolina comum. Passou dessa percentagem já está errado e o consumidor está sendo enganado”, acrescentou Andrelson Wellington Rinaldi.

Com a tecnologia no carro o consumidor terá parâmetro, por exemplo, para acionar o Procon em caso de fraude. Além da gasolina, o sensor pode ler qualquer tipo de líquido como vinho, cerveja, whisky, cachaça, dentre outros.

“Fizemos vários testes com as bebidas e os fabricantes estão de parabéns. A percentagem sempre bate com a do rótulo. Uma pena que para a gasolina não possamos falar isso porque dificilmente bate”, comentou o inventor.

Sensor foi patenteado pelos pesquisadores

Para garantir a autoria do sensor, os pesquisadores fizeram a patente. Mas não pense que isso foi fácil. O registro saiu recentemente, mas isso demorou mais de 10 anos. Foram 4 anos de pesquisas e mais 10 para conseguir a garantia de que o sensor realmente funciona e foi desenvolvido na UEM.

A invenção foi registrada no nome de Andrelson Wellington Rinaldi (inventor), Emerson Marcelo Girotto (professor orientador) e Alberto Zanelli (professor italiano que supervisionou a pesquisa). O equipamento criado em Maringá já foi testado e aprovado na Itália também.

Equipamento deve estar em breve no mercado

O sensor maringaense anti fraude de combustível pode chegar aos motoristas em breve. De acordo com o inventor Andrelson Wellington Rinaldi, a ideia é colocar logo no mercado para beneficiar a todos.

“Fizemos uma reunião recente e pensamos em criar uma startup para testar a aceitação dos consumidores. A ideia inicial é da gente produzir aqui mesmo e a UEM comercializar, já que o sensor foi desenvolvido dentro da universidade. Em breve teremos mais novidades”, comentou.

O equipamento tem baixo custo. Segundo o pesquisador, o valor deve gerar em torno de R$ 50 e tempo de vida útil passa tranquilamente de três anos.

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