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19 de abril de 2024

Refugiados: Maringá terá mutirão para revalidação de diplomas


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 14/08/2019 às 17h52 Atualizado 23/02/2023 às 21h30
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Em Maringá, a vida está bem melhor, diz o engenheiro civil Manuel Bracho, refugiado venezuelano. Mas para sobreviver aqui, Manuel, que dava aulas de matemática numa universidade na Venezuela, aceitou trabalhar de motorista, porque o diploma dele precisa de revalidação.

A história é parecida com a da pedagoga Súlmar Reyes. Ela tem doutorado em inovações educativas. Veio para o Brasil para não passar fome na Venezuela. Aqui tentou dar aulas de espanhol, mas nem isso conseguiu. O primeiro emprego no Brasil foi num restaurante.

Súlmar e Manuel têm agora a chance de revalidar o diploma e conseguir uma melhor oportunidade no Brasil. Nessa quinta-feira (15), o Instituto Sendas, que atende refugiados, vai realizar um mutirão para receber documentos e encaminhar processos de revalidação de diplomas, com exceção de médicos que fazem a prova do Revalida.

Erick Perez, do Instituto Sendas, diz que há vários anos refugiados tentam revalidar diplomas sem sucesso em Maringá. Ele conta o caso de um haitiano que voltou a estudar para obter o mesmo diploma que tinha no Haiti.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

 

A revalidação só é possível agora porque o Sendas fechou uma parceria com a ONG Compassiva ligada à ONU. “Hoje o processo de revalidação de diplomas, em Maringá, infelizmente está parado porque a universidade que poderia fazer aqui, não está fazendo. Então muitos dos venezuelanos refugiados que estão por aqui precisam dispender do tempo e recursos financeiros para ir até outra cidade para dar entrada no processo”, diz a advogada Camila Suemi Tardin, coordenadora do Projeto Nacional de Revalidação de Diplomas.

Ela explica que por meio desta parceria, é possível fazer a triagem da documentação no Instituto Sendas.

“Quem tiver interesse pode vir até o instituto, apresenta a documentação e, se ela for compatível, é feito o encaminhamento formal para a Compassiva, que vai procurar a melhor universidade em todo território nacional e dar entrada no processo de revalidação de diploma. A gente consegue arcar com custos de tradução juramentada, de cartório e até mesmo da taxa de revalidação na universidade”, completa.

A advogada diz que o Brasil tem muito a ganhar com estes profissionais qualificados. E para o refugiado não é só uma questão de sobrevivência, é também um regate de identidade.

Serviço

O mutirão será na Rua Santos Dumont, 1381, das 9h às 11h e das 14h às 16h30. É importante levar todos os documentos que o refugiado tiver.

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