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25 de abril de 2024

Expoingá abre portas para estagiários


Por Redação GMC, Especial Expoingá Publicado 14/05/2019 às 12h50 Atualizado 21/02/2023 às 21h39
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Os 11 dias de realização da Expoingá são a oportunidade a cada ano para estágio de maior número de estudantes universitários dos cursos ligados ao setor produtivo, como Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e Engenharia Agrícola, além de outras áreas menos comuns no ambiente do agronegócio, como da Comunicação.

Na Expoingá 2019, cerca de 250 estagiários auxiliam os técnicos da Sociedade Rural de Maringá (SRM) na maior parte das atividades que ocorrem no interior do parque de exposição.

“Eu não fazia a mínima ideia do quanto minha futura profissão tem a ver com tomar um bom cafezinho”, disse Gabriel Boldrin, de 20 anos, aluno de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“O trabalho do agrônomo não se limita ao plantio e tratos culturais, vai além, tem tudo a ver com qualidade, métodos de colheita, seleção de grãos, secagem, classificação, torra, até mesmo com a forma de preparo na hora de beber”.

Gabriel se diz empolgado com o tanto que está aprendendo desde o início da feira no estande do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), dentro da Fazendinha da Emater. E não é para menos. Ele está trabalhando lado a lado com o biólogo Dalton Shiguer Ito e o engenheiro agrônomo Gustavo Cera, duas referências de quando se fala em cafés de qualidade no Paraná.

A parceria entre o Centro Universitário de Maringá (UniCesumar) e a Sociedade Rural garante o funcionamento do Posto de Assistência Veterinária, em que os animais expostos na Expoingá sejam assistidos 24 horas por dia por professores e estudantes de Medicina Veterinária da instituição.

Um grupo de 85 estudantes reveza-se noite e dia para oferecer os cuidados necessários aos animais que adoecem ou se machucam durante a feira. Cada grupo é formado por oito estagiários e vai cumprir quatro plantões de 12 horas cada um até o fim da feira.

Daniel Veroni, de 19 anos, morador em Santa Cruz do Monte Castelo e estudante no UniCesumar, está no seu segundo estágio e diz que vai estagiar todos os anos até o final do curso. “A gente aprende muito em sala de aula, mas é aqui, junto com nossos professores, com veterinários experientes e peões que passamos da teoria para a prática”, diz.

Luana Alda de Oliveira, 22 anos, vinda de Nova Esperança, 3º ano de Zootecnia na UEM, e sua nova amiga Ana Julia Faccioli Sordi, 18 anos, vinda de Doutor Camargo e aluna do 1º ano de Zoo, tiveram a oportunidade de descansar encostadas em um nelore que pesa quatro vezes mais do que as duas juntas. Foi uma experiência inédita para quem até agora estudavam tudo sobre bovinos, mas não tinha contato com eles.

“Não somos de famílias de pecuaristas, portanto não tínhamos contato com animais, mesmo estando em um curso que trabalha no desenvolvimento animal. A Expoingá é a grande oportunidade para colocarmos o conhecimento em prática”, disse Luana.

“O estágio na Expoingá é um dos grandes momentos da vida acadêmica para os futuros profissionais do setor produtivo”, diz o diretor de Pecuária da Sociedade Rural de Maringá, Jucival Pereira de Sá, que estagiou na exposição de Maringá em todos os anos de seu curso na UEM, na década de 1980.

Depois, como profissional formado, ele conduziu o estágio da jovem estudante Maria Iraclézia de Araújo, também na Expoingá, que é hoje presidente da Sociedade Rural. “Ela ficou boa e é o que é porque foi minha estagiária”, brinca Jucival.

Outro exemplo de estagiário que hoje está na SRM como profissional é o de Bárbara Fernanda Candiani, uma zootecnista de 24 anos contratada temporariamente para atender no pavilhão da Ovinomar. Ela estagiou cinco anos na Expoingá e este é o primeiro ano que volta como profissional. Segundo diz, foi nos estágios que entendeu toda a abrangência e importância da Zootecnia e como o profissional pode desempenhar a profissão da melhor maneira.

“Quando a gente chega aqui pela primeira vez, pode até saber o que é uma ovelha, mas dificilmente conhecerá as características de cada raça e como contribuir para seu desenvolvimento”, diz.

Na conversa que tem com o grupo que chega para a Expoingá a cada ano, Jucival de Sá sempre aconselha os estudantes a aproveitarem o máximo para ganhar uma visão do que realmente é a profissão que escolheram. “É na prática que cada um vai saber se é isto mesmo que querem para suas vidas”.

Segundo ele, os jovens estudantes têm grande peso no sucesso da Expoingá. “Seria impossível realizarmos um evento agropecuário deste porte se não contássemos com os estagiários”, diz.

Além dos estudantes que serviram diretamente à SRM, muitos foram trazidos por entidades parceiras, como Emater, Adapar, além das empresas. Só a Emater tem 95 estagiários de diferentes áreas, até de Comunicação, como a aluna Gabriela Lisandro de Souza, 21 anos, do 3º ano do curso de Comunicação e Multimeios da UEM.

A 47ª Expoingá trabalha alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), dentro de várias de suas atrações e projetos expostos ao longo dos dias da feira. Os estágios na feira atendem o 4º, 5º, 8º, 11º, 12º, 13º e 17º dos 17 ODS fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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