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24 de abril de 2024

Meteoros que explodiram sobre a região de Maringá e pelo Brasil


Por Isabela Palma Publicado 30/04/2020 às 14h20 Atualizado 23/02/2023 às 05h35
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Diariamente, a atmosfera terrestre é bombardeada por materiais cósmicos, sendo em média, 40 toneladas de pó e rochas por dia. Nelas, estão inclusos os meteoros e as “estrelas cadentes”. Devido a alta velocidade com que colidem com a atmosfera, o choque e a alta pressão geram altas temperaturas, que transformam os gazes atmosféricos em plasma, gerando luz.

Esses fenômenos, que são comuns e facilmente enxergadas a olho nu, proporcionam ao observador uma bela visão. Porém, eventos excepcionais geram paisagens raras e impressionantes, com show de luzes, podendo liberar até 500 quilotons de energia.

Confira as vezes que meteoros passaram pelo Brasil no último ano.

24, abril, 2020

Na madrugada da última sexta-feira, 24, institutos de pesquisa registraram um objeto um pouco maior que os meteoros mais comuns, conhecido como “bólido”, no interior de São Paulo, gerando um espetáculo luminoso. O fenômeno foi considerado “mais brilhante que o planeta Vênus” por especialistas Brazilian Meteor Observation Network (Bramon). 

“Quando falamos em magnitude, que é o termo usado para dar o brilho de uma estrela, planeta e até da Lua, comparamos Vênus, que está visível a oeste no começo da noite, e que é o ponto mais brilhante no céu noturno, depois da Lua. Um meteoro mais brilhante que Vênus, significa que esse meteoro em um momento da sua entrada na atmosfera, ficou com um brilho maior do que vemos em Vênus no começo da noite, ou de manhã, quando ele está visível. Que é o que muitos chamam de estrela Dalva”, diz Maico Antonio Zorzan, professor e membro fundador do Clube de Astronomia Edmond Halley, de Marialva.

O fragmento começou a brilhar quando estava a cerca de 78km de altitude do município de Fernandópolis (SP), a uma velocidade equivalente a 68.400km/h. O material explodiu a 27,4km de altitude de Riolândia, cidade na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

Região de Maringá

Em setembro do ano passado, a região de Maringá também presenciou um fato fora do comum. Moradores relataram terem visto um clarão no céu, acompanhado de um barulho intenso e prolongado, semelhante a um trovão. “Apareceu um clarão e uma bola de fogo bem grande. Em seguida, um barulho forte, com eco, parecido com uma explosão”, comentou um agricultor, na época. LEIA MAIS AQUI.

Em geral, os meteoros que adentram a atmosfera terrestre são pequenos, podendo passar despercebidos, sem som ou brilho. Materiais maiores envolvem mais energia em sua entrada, causando explosões e se desintegrando.

“Quanto ao barulho, depende da altitude em que ele se desintegra, direção dos ventos, composição, velocidade”, afirma Zorzan.

Rio Grande do Sul

Em 2019, no Rio Grande do Sul, foram registrados vários fenômenos astronômicos, de diferentes tamanhos e durações. Um bólido de 12kg adentrou a atmosfera, a uma velocidade de 122,2 mil km/h, sobre o mar da costa do Estado, em abril. No mês de junho, um meteoro de aproximadamente 3 toneladas pôde ser visto em diversas cidades da região central do Rio Grande do Sul. Segundo a Bramon, 10% da massa do objeto resistiu à passagem da atmosfera e atingiu solo rural entre os municípios de Jari e Santa Maria.

Câmeras da região de Taquara (RS) flagraram um meteoro de magnitude elevada, acontecimento raro, em agosto. Com entrada na atmosfera a 100 km de altitude, ele se extinguiu a 70 km sobre a costa do Estado. Foram capturadas imagens em 360º, que você pode conferir abaixo.

Chuva de Meteoros

Conhecida como Delta Aquarídeos do Sul, a chuva de meteoros que acontece periodicamente e possui melhor visibilidade no Hemisfério Sul, é intensa, porém não traz riscos aos observadores. Durante o fenômeno, a Terra atravessa uma nuvem de detritos que atingem a atmosfera em velocidades que chegam a até 41 km/s.

A nuvem é composta de fragmentos do cometa 96P/Machholz, que orbita o Sol a cada cinco anos. No ano passado, o fato ocorreu entre julho e agosto, e foi visível em todo o país, especialmente na fase da Lua Nova.

Depois da Superlua, ainda estão previstas outras atrações astonômicas como eclipse e chuva de meteoros que você pode conferir aqui. De acordo com Zorzan, as observações de meteoros são seguras.

“Caso caiam na superfície, existe o risco se cair na cabeça de alguém, mas é muito mais fácil ganhar na Mega-Sena 3 vezes seguidas, que ser acertado por um meteorito. Para se ter uma ideia, temos apenas um relato em toda história”, finaliza.

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