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19 de abril de 2024

4 são condenados em operação que combate regalias a presos


Por Redação GMC Publicado 02/04/2019 às 12h40 Atualizado 20/02/2023 às 22h08
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A Vara Criminal de Cidade Gaúcha (a 144 quilômetros de Maringá) condenou um delegado de polícia e três investigadores na Operação Regalia, deflagrada pelo Ministério Público do Paraná em fevereiro do ano passado.

O delegado foi condenado à pena de cinco meses de detenção por diversos crimes de prevaricação, uma vez que se omitiu repetidamente diante da conduta de dois investigadores de polícia que vinham concedendo regalias a presos mediante o recebimento de propinas.

A pena foi convertida em prestação de serviços, e o delegado, que estava afastado das funções desde fevereiro de 2018, foi autorizado a voltar a trabalhar.

Dois investigadores foram condenados por crimes de corrupção passiva, um deles à pena de 14 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, e o outro à pena de seis anos e oito meses de prisão, também em regime fechado. Além disso, foi decretada a perda dos cargos públicos dos dois policiais e negado o direito de recorrerem em liberdade. Ambos estão presos desde fevereiro de 2018.

O terceiro investigador foi condenado à pena de um ano e sete meses de prisão, em regime aberto, por crime de coação no curso do processo. A pena foi substituída por prestação de serviços. A Justiça também decretou a perda do cargo público.

O policial civil em questão foi condenado porque, durante as investigações realizadas pelo MPPR, procurou uma testemunha-chave do caso e a ameaçou, dizendo que ela deveria mentir quando fosse chamada para ser ouvida na Promotoria de Justiça de Cidade Gaúcha, sob pena de ser presa. O Ministério Público teve acesso a uma gravação na qual se pode ouvir a própria testemunha relatar o ocorrido.

Investigações

A apuração dos fatos foi feita pela Promotoria de Justiça de Cidade Gaúcha e teve o apoio operacional do Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Conforme narrado pelo MPPR e reconhecido pela Justiça, os dois primeiros investigadores de polícia concederam regalias a presos mediante o recebimento de propinas, levando detentos de viatura a estabelecimentos comerciais (inclusive fora da cidade).

Além disso, um deles retirava com frequência um preso da cela e permitia que o detento se encontrasse com parentes, nos fundos da unidade policial e sem qualquer fiscalização, segundo o MP. 

O Ministério Público colheu diversos depoimentos de testemunhas, documentos bancários, documentos cartorários, gravações ambientais e mensagens trocadas via aplicativo de celular. A Promotoria de Justiça de Cidade Gaúcha também teve acesso a imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento comercial em que se pode ver um dos investigadores levando uma presa ao local, em viatura caracterizada da Polícia Civil.

A sentença está sujeita a recurso.

Por Assessoria de Comunicação – Ministério Público do Paraná

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