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20 de abril de 2024

Aplicação irregular de agrotóxico está matando abelhas, em Astorga


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 19/02/2020 às 14h07 Atualizado 23/02/2023 às 23h53
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Agricultores de Astorga (a 62 quilômetros de Maringá) dizem que a aplicação irregular de agrotóxico está matando abelhas e bichos da seda. São 35 produtores que calculam um prejuízo de R$ 200 mil nos últimos 15 dias, quando os animais começaram a morrer. Uma reunião na tarde desta quarta-feira, 19, vai discutir o assunto.

O encontro será em Tupinambá, distrito de Astorga. Os 35 agricultores que produzem abelhas e bicho da seda vão se reunir para discutir a aplicação de agrotóxico em lavouras de cana-de-açúcar e soja.

Eles alegam que sempre sofreram perdas por causa de agrotóxico pulverizado nas lavouras vizinhas. Mas nos últimos 15 dias a situação se agravou, diz Cláudia Kamiato, uma das afetadas. Ela cria bicho da seda e o filho dela é apicultor. “Meu filho tem criação de abelhas e já morreram uns sete ou oito caixotes”, destaca Cláudia. 

Alguns agricultores fizeram denúncia ao Ministério Público. Eles esperam que os responsáveis pela contaminação sejam identificados e paguem pelos prejuízos. As perdas, em média, são R$ 4.500 por produtor. Mas pelo menos 21 agricultores perderam tudo.

A esperança também é que a fiscalização seja mais rigorosa para que isso não volte a acontecer. É o que diz João Donizete Saldan, supervisor de indústria de fios de seda que compra casulos do bicho da seda produzidos em Astorga, Sabaudia e Munhoz de Melo.

“A atividade do bicho da seda é o que traz o salário para eles, a renda mensal. Hoje, a atividade [está] passando por um bom momento de mercado, de preço, mas os produtores estão com dificuldades para conseguir produzir em função desse agrotóxico que está contaminando a folha de amora, que é o único alimento do bicho da seda”, detalha. 

A reunião vai ser no salão da Igreja às 14h.

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