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03 de dezembro de 2024

Fábrica de R$ 3 bilhões será instalada em cidade de 6,6 mil habitantes no Paraná; veja cronograma


Por Redação GMC Online, com informações da AEN Publicado 11/11/2024 às 15h26
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O município de Sapopema, localizado no Norte Pioneiro do Paraná e com uma população de pouco mais de 6,6 mil habitantes, será a sede de uma das maiores fábricas de fertilizantes nitrogenados (ureia) do Brasil. Com investimento estimado em R$ 3 bilhões, o empreendimento será gerido pela Paranafert e promete ser um marco para a economia local e para o agronegócio nacional.

A nova fábrica em Sapopema terá uma capacidade de produção de aproximadamente 520 mil toneladas de ureia por ano, o equivalente a 7% do consumo nacional desse fertilizante. Além disso, a planta também deverá produzir anualmente mais 13 mil toneladas de enxofre e derivados, oferecendo um fornecimento estável desses insumos estratégicos para o setor agrícola.

Fábrica de fertilizantes nitrogenados (ureia) atende o agronegócio
Foto: Ilustrativa/Pixabay

A expectativa é que o empreendimento gere cerca de 800 empregos diretos, dinamizando a economia local e favorecendo o desenvolvimento de Sapopema e municípios vizinhos.

Cronograma da construção da fábrica

Segundo o cronograma inicial, a empresa pretende obter todas as licenças ambientais e autorizações legais em um ano. A construção da fábrica, após a aprovação, deverá levar aproximadamente dois anos.

O governador Ratinho Junior destacou a importância desse investimento para o Paraná e para o agronegócio brasileiro. “O Paraná terá em Sapopema uma das maiores fábricas de fertilizantes nitrogenados do Brasil, o que representa uma solução para toda a cadeia do agronegócio, ajudando o Estado e o País a dependerem menos dos fertilizantes que são produzidos em outros países, além de ajudarem no desenvolvimento de Sapopema e dos municípios vizinhos”, afirmou o governador, em agosto deste ano.

Fertilizante como insumo estratégico

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Foto: Ilustrativa/Pixabay

Atualmente, o Brasil depende de importações para atender 86% de sua demanda por fertilizantes, posicionando o país como o maior importador mundial desse insumo essencial para a agricultura. Essa dependência se tornou um desafio ainda maior devido ao aumento dos preços, que subiram 180% entre 2021 e 2022. Entre os fatores por trás dessa alta estão os custos de matéria-prima, problemas logísticos globais e conflitos geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, que afetam grandes fornecedores.

Em resposta a essa vulnerabilidade, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) aprovou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF/2050). Esse plano estabelece a meta de que, até 2050, a produção nacional de fertilizantes atenda entre 45% e 50% da demanda interna, tornando a nova fábrica em Sapopema ainda mais relevante no contexto nacional.

Sustentabilidade na produção de fertilizantes nitrogenados

A ureia, um fertilizante com alto teor de nitrogênio, é crucial para o crescimento saudável das plantas e contribui para o aumento da produtividade agrícola. Quando utilizada com técnicas de manejo adequadas, ajuda a minimizar impactos ambientais, como a contaminação de lençóis freáticos, enquanto demanda menos recursos naturais.

A fábrica de Sapopema utilizará a tecnologia de gaseificação de carvão mineral para produzir ureia, um processo adotado por países como China, Índia e África do Sul, que representa 25% da produção mundial de fertilizantes nitrogenados.

Também é necessário enfatizar a importância do licenciamento ambiental para a construção da fábrica, garantindo que o processo seja realizado de acordo com as normas e com agilidade.

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Os detalhes do novo empreendimento foram discutidos em agosto deste ano, em Curitiba, durante reunião do governador Carlos Massa Ratinho Junior com investidores ligados à Paranafert, que será a empresa gestora. Foto: Gabriel Rosa/AEN

O Instituto Água e Terra (IAT), inclusive, deu início às tratativas com a empresa para a emissão das licenças ambientais necessárias para a instalação do empreendimento em Sapopema.

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