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17 de janeiro de 2025

Família do Paraná passa sufoco e gasta ‘fortuna’ em viagem às Maldivas


Por Redação GMC Online Publicado 14/12/2024 às 10h08
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Foto: Ilustrativa/Pixabay

Era para ser uma viagem inesquecível. Planejada nos mínimos detalhes, a comemoração das bodas de prata de um casal cascavelense prometia dias de descanso e celebração em um cenário de tirar o fôlego: as paradisíacas Maldivas. Passagens compradas, hospedagem garantida e tudo ajustado para que a família de Cascavel pudesse aproveitar ao máximo a experiência. Porém, um atraso inesperado em um voo da Qatar Airways mudou completamente o rumo dessa história, transformando o sonho em uma sequência de transtornos e dores de cabeça.

O primeiro obstáculo

A jornada teve início em Curitiba, de onde a família embarcou rumo a São Paulo. O voo internacional QR 774 da Qatar Airways estava programado para decolar de Guarulhos às 3h50, com destino a Doha, mas poucas horas antes do embarque, a companhia enviou uma mensagem informando o cancelamento do voo. A justificativa? Supostas condições climáticas adversas.

No aeroporto, o cenário não era nada promissor. Sem informações claras, os passageiros precisaram esperar até a madrugada para obter algum atendimento. Quando finalmente atendidos, foi-lhes oferecida hospedagem em um hotel distante, mas a família optou por pagar por um hotel mais próximo ao aeroporto para tentar descansar. Esse foi apenas o início de uma sequência de eventos que testaria todos os limites de paciência e organização.

Horas de espera e novos problemas

Quando finalmente conseguiram embarcar, com mais de oito horas de atraso, chegaram a Doha apenas para enfrentar outro problema: a conexão para Dubai havia sido perdida. Sem alternativas oferecidas pela Qatar Airways, a família ficou 16 horas no aeroporto, com apenas um voucher de alimentação, considerado insuficiente para cobrir suas necessidades.

A tentativa de alterar o itinerário para seguir diretamente de Doha para as Maldivas foi negada pela companhia, que alegou estar contratualmente obrigada apenas a levá-los até Dubai. O atraso inicial desencadeou um efeito dominó: além da conexão perdida, os voos subsequentes foram comprometidos, e os bilhetes emitidos anteriormente tornaram-se inutilizáveis.

A conta final

Com o intuito de salvar parte da viagem, a família precisou arcar com novos bilhetes de última hora para seguir de Doha às Maldivas, acumulando despesas que ultrapassaram R$ 18 mil. Além disso, uma diária de luxo em um resort nas Maldivas, já paga antecipadamente, foi perdida. Na volta ao Brasil, enfrentaram mais um contratempo: o cancelamento de um dos bilhetes de retorno, o que resultou em mais uma despesa inesperada.

Frustração e conquistas na justiça

Ao retornar ao Brasil, a família levou o caso à Justiça. No processo, ficou comprovado que as condições climáticas usadas como justificativa pela Qatar Airways não correspondiam à realidade no momento do voo. Além disso, a companhia não demonstrou ter tomado as medidas necessárias para minimizar os transtornos.

A Justiça reconheceu que os passageiros sofreram não apenas prejuízos materiais, mas também danos morais, considerando o contexto especial da viagem, que deveria celebrar um marco significativo na vida da família. No total, foi determinada uma indenização de R$ 38.646,59 para cobrir as despesas materiais comprovadas, como passagens adicionais e a diária perdida. A título de danos morais, foram fixados R$ 15.000,00 para cada membro da família, totalizando R$ 60.000,00.

A decisão é de 1ª instância e cabe recurso, podendo ser reformada pelo Tribunal de Justiça do Paraná.

As informações são da CGN.

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