Pelo menos 130 famílias estão sem renda desde o início da Piracema
Pelos menos 130 famílias de pescadores de Querência do Norte estão sem renda desde novembro quando começou a Piracema, período em que a pesca é proibida. Colônias de pescadores em outras cidades da região noroeste enfrentam o mesmo problema.
O seguro desemprego do pescador artesanal é um benefício pago pelo Governo Federal aos pescadores que sobrevivem desta atividade e ficam sem rendimento durante a Piracema, período em que a pesca é proibida.
A Piracema começou em novembro e termina em 28 de fevereiro. Em Querência do Norte, a colônia de pescadores é formada por 130 famílias que estão sem receber o benefício. O presidente da colônia, Cristiano Cará, explica que quando o benefício era pago pelo Ministério da Pesca não havia atrasos, mas desde que o seguro ficou sob responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) os problemas começaram.
Mas desta vez a situação é mais crítica. Cristiano veio nesta segunda-feira (28) ao INSS em Maringá para saber quando os benefícios serão liberados. “Eu quero realmente saber do pessoal do INSS qual é o argumento para até agora o pescador não ter recebido o seguro defeso.”
Cristiano diz que pescadores de cidades da região, como Marilena, Porto Rico e Altônia, enfrentam a mesma situação. E sem renda, as famílias passam por dificuldades.
“A gente está em pagar as nossas contas, tem miuita gente devendo muito”, afirma.
No site do INSS a informação é de que o pagamento de seguro desemprego para pescadores artesanais é automático desde que o cadastro esteja atualizado. No Paraná são 4.035 benefícios. A reportagem enviou um email com pedido de informação para a assessoria de comunicação do INSS em Curitiba e aguarda retorno.
