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25 de abril de 2024

PR: Universidade usa vinho, cerveja e vodca para fazer álcool em gel


Por Redação GMC Online, com informações da AEN Publicado 20/03/2020 às 19h43 Atualizado 23/02/2023 às 16h50
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As universidades estaduais do Paraná decidiram aumentar a produção de álcool em gel nos laboratórios e em farmácias-escolas. Trata-se de uma medida para ajudar na prevenção do coronavírus. Afinal, o álcool em gel é efetivo na quebra da cápsula de gordura que protege o vírus.

Por causa do aumento das medidas de precaução em torno da pandemia, a farmácia-escola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, também passou a produzir álcool em gel para o uso interno de acadêmicos e servidores da universidade e do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. A produção passou de 1kg por mês para 5kg por dia.

O inusitado é que na agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Novatec) são utilizadas bebidas alcoólicas apreendidas pela Receita Federal, como vinho, cerveja, vodca e licor, como matéria-prima para a produção de álcool etílico, líquido e em gel, usado para higienização e limpeza.

Todo o material produzido pela Novatec é utilizado no setor de saúde da própria universidade ou doado para órgãos públicos, como unidades de saúde, escolas municipais e estaduais, delegacias e batalhões de polícia, Corpo de Bombeiros, Detran e para a Defesa Civil.

Mesmo com a suspensão das atividades acadêmicas nas universidades o diretor de Projeto da Novatec, Maico Cunha, destaca que a produção segue normalmente. “Estamos com produção ativa de álcool 70% para atender toda comunidade acadêmica, além de outros órgãos públicos que nos solicitaram ajuda”. No mês de março já foram produzidos cerca de 1.800kg do álcool 70%.

As bebidas destiladas e fermentadas recebidas são separadas em tambores de mil litros e então armazenadas em tanques aéreos.

É então iniciada a destilação, em um processo parecido com os alambiques. Na primeira etapa, o produto é transformado em álcool com 40% a 50% de pureza. Um novo processo de retificação é feito, para o produto chegar a um grau de 86% de pureza.

O material é levado para o laboratório de análises para chegar ao álcool 70, quando o líquido já pode ser utilizado para limpeza. Para a fabricação do gel, outros produtos químicos são adicionados. O material é envasado na própria universidade, em embalagens a granel, de 5 quilos, ou nos pumps de álcool em gel, para então serem distribuídos às instituições parceiras.

UEM

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM) a procura pelo produto resultou em um aumento de 3.000% na produção. Segundo a coordenadora do Projeto de Extensão Farmácia e Manipulação da UEM, Marli Mirian de Souza Lima, a produção diária que era de 1 kg passou para 30 kg, com o objetivo de abastecer os setores internos da universidade, Hospital Universitário Regional de Maringá e comunidade externa.

Em outra frente, a Prefeitura do câmpus da UEM adquiriu mais 120 litros de álcool gel 70%. Ainda de acordo com Marli, outro produto de higienização que teve um acréscimo na fabricação é o sabonete líquido, que deve ser a primeira opção a ser usada diante do contexto atual.

Outras universidades

A Universidade Estadual de Ponta Grossa e a Fundação Municipal de Saúde assinaram termo de cooperação para produção de álcool 70% glicerinado. Na sexta-feira (20), o primeiro lote com 250 litros será entregue para a Prefeitura de Ponta Grossa e deve ser utilizado em Hospitais e Unidades de Saúde.

O Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed) da UEPG será o responsável pela produção enquanto o município de Ponta Grossa fornecerá matéria-prima e insumos.

“Ao disponibilizar a estrutura e os profissionais, a Universidade cumpre neste momento importante papel social, que reforça o conjunto de ações adotadas pela instituição desde o início da pandemia”, afirma o reitor Miguel Sanches Neto.

O coordenador do Laboratório, Sinvaldo Baglie, esclarece que o álcool 70% tem ação antisséptica sobre bactérias e vírus como o Covid-19. “O álcool 70% com a adição da glicerina que tem ação umectante evita o ressecamento da pele. O álcool 70% em gel possui um tempo de ação residual maior na pele. Entretanto independente da formulação ambos são eficazes”, explica Baglie.

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está estudando a possiblidade de produção de álcool em gel na Farmácia-Escola e nos Laboratórios para distribuição em órgãos públicos.

Prevenção

A higienização das mãos com água e sabão por cerca de 40 segundos é suficiente para prevenir a contaminação pelo coronavírus. O uso de álcool em gel de 70% é uma forma alternativa de manter a higienização. O produto é importante para a limpeza de objetos e superfícies usadas com frequência que podem favorecer o contágio.

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