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19 de abril de 2024

5 são presos por revender materiais cirúrgicos para médicos


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 24/09/2019 às 14h47 Atualizado 24/02/2023 às 08h50
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Cinco pessoas foram presas acusadas de revender para médicos materiais cirúrgicos que deveriam ser descartados. A Polícia Civil ainda está investigando o envolvimento dos médicos que compravam o material por preços abaixo do mercado.

As prisões foram nesta terça-feira (24) na Operação Autoclave, da Polícia Civil do Paraná. Foram presas cinco pessoas e cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Maringá, Sarandi e Mandaguaçu.

De acordo com as investigações, que começaram em março deste ano, dois ex-funcionários e um funcionário de uma empresa que vende materiais cirúrgicos se associaram a um funcionário de uma empresa de esterilização para desviar materiais usados em cirurgias e revender a médicos.

O esquema foi denunciado depois que uma enfermeira de um hospital em Ponta Grossa estranhou o uso de um material cirúrgico que não tinha passada pela inspeção do setor de farmácia como é praxe. O delegado André Gustavo Feltes diz que não há participação de hospitais e nem das empresas do esquema. Os materiais reprocessados eram usados apenas em cirurgias particulares. O esquema demonstra uma falha de procedimento. E a polícia ainda apura a participação de médicos.

“Há uma falha de procedimento, tanto na fiscalização da entrada desse material e na fiscalização do descarte e propriamente na parte da cirurgia. A gente está tentando identificar de que maneira esse material chegava nas mãos do médico, se já chegava aberto, por algum funcionários que acabava entregando nas mãos dele, ou se ele tinha conhecimento de que realmente era um material reprocessado”, diz o delegado. 

Para o paciente, além do risco à saúde, há o prejuízo financeiro. O grupo criminoso ganhava até 3 mil reais por cirurgia porque vendia o material como se fosse novo.

Ouça na CBN 

Segundo a polícia, o grupo atuava desde janeiro de 2016. A participação de outras pessoas está sendo investigada. A CBN conversou com o advogado de dois presos que não quis dar entrevista.

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