Polícia de Maringá indicia 8 pessoas por envolvimento no golpe do consórcio
A Polícia Civil de Maringá indiciou 8 pessoas por envolvimento no golpe do consórcio, que movimentou mais de R$ 1 milhão em supostas cartas de consórcio contempladas vendidas e não entregues às vítimas. Além dos 8 já indiciados, a Polícia Civil investiga mais duas pessoas que estariam envolvidas no esquema.
O inquérito, conduzido pelo delegado de Estelionato de Maringá, Fernando Garbelini, foi enviado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), conforme informações do delegado nesta terça-feira, 23.
A Polícia Civil já ouviu 72 vítimas do golpe. Ainda segundo o delegado, as 10 pessoas indiciadas sabiam do esquema criminoso que teria lesionado dezenas de famílias na cidade.
“Até o momento existem 10 investigados sendo que 8 já foram ouvidos. Então foram indiciados proprietários, a gerente, os atendentes e o advogado. Nosso conhecimento é de que todos tinham conhecimento da ilicitude da atividade e colaboraram para a fraude cada um da sua forma. O inquérito foi enviado ao Ministério Público mas enquanto estiver vindo vítimas a gente vai continuar ouvindo. Indiciei 8”, explicou o delegado.
De acordo com a investigação, os acusados vendiam direitos a cartas de consórcio contempladas, mas para ter acesso ao bem e à cota o cliente tinha que dar entrada, dependendo do valor do bem, seja um carro ou casa.
Alguns clientes chegaram a dar R$ 150 mil de entrada em cartas contempladas que eram vendidas no mesmo valor de mercado. Toda a equipe trabalhava uniformizada e era bem organizada, segundo a investigação. Justamente por conta disso muitas pessoas acreditaram que estavam fazendo um bom negócio.
No início deste mês, dezenas de famílias começaram a procurar a Polícia Civil para registrar queixas contra o grupo. Um dos sócios da empresa foi preso no dia 9 deste mês. Ele se negou a passar informações para o delegado e disse que só responderia em juízo.
Vítimas fazem protesto em frente a delegacia
Várias vítimas do golpe fizeram um protesto na última semana pedindo a prisão dos envolvidos no esquema. Eles foram para a frente da Delegacia de Maringá para demonstrar a indignação com os acusados e pedir ajuda da polícia, que segue investigando o caso.
O que dizem os acusados
A empresa acusada de praticar os supostos golpes ainda não se posicionou. A empresa continua atendendo e fazendo negociações em Maringá. Na tarde desta terça-feira, 23, nossa equipe entrou em contato outra vez com a empresa e a informação é de que o responsável ou o advogado irá retornar as ligações.
A atendente disse ainda que estão negociando consórcios normalmente.
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