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23 de abril de 2024

MP denuncia família Brittes, ‘ficante’ de atleta e mais 3 pessoas


Por Folhapress Publicado 27/11/2018 às 19h38 Atualizado 19/02/2023 às 03h34
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O promotor João Milton Salles, responsável pelo caso Daniel, denunciou sete pessoas nesta terça (27) à Justiça pelo assassinato do jogador. Além da família Brittes, mais quatro pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime.

A novidade foi a denúncia também de Evellyn Brisola Perusso, 19 anos, que ficou com a vítima, na festa de 18 anos de Allana, antes do crime. Evellyn responderá por “denunciação caluniosa”. Ela não será presa.

“Houve uma tentativa de se imputar crimes a terceiros, que sabidamente não participaram. Foi uma tentativa de atrapalhar a investigação. Aí culminou no crime de falso testemunho”, disse o promotor João Milton Salles sobre Evellyn. “Quando ouvida, trouxe à cena do crime o Eduardo Purkote. Na conclusão do inquérito e após a minha análise, chegou-se a conclusão que ele não participou”, explicou.

“Ela não pode ser presa, a pena aplicada a esse crime é relativamente baixa. o crime é de denunciação caluniosa, e o meio utilizado para isso foi um falso testemunho”, completou.

Evellyn foi a testemunha do caso que indicou que o gêmeo Eduardo Purkote teria dado a faca do crime a Edison Brittes Júnior, que confessou o assassinato. Além disso, segundo ela, Purkote agrediu o jogador e quebrou o celular de Daniel. O gêmeo foi solto na última segunda (26) e não foi denunciado por nenhum crime.

Edison Brittes Júnior, Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva, que estavam no Veloster preto e levaram o jogador para a morte foram denunciados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver e fraude processual.

Cristiana Brittes foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe. Allana Brittes foi denunciada por fraude processual e coação de testemunha.

Prova pericial

Segundo o promotor, as provas periciais confirmam que mais de uma pessoa atuou de forma determinante na morte de Daniel. “A conclusão foi confirmada pela prova pericial, a perícia é uma prova importantíssima. Ela aponta que esse rapaz, pra ser executado da forma como foi, somente com a atuação de mais de uma pessoa! Outro fator importante que a perícia aponta é que este carro só tem três portas, o Veloster não é um carro 4 portas, e tinha marcas de sangue em todas as portas”.

Cristiana Brittes 

A Cristiana Brittes, denunciada por fraude processual, coação de testemunho e homicídio, de “não querer mais sangue em sua casa” contribuiu para a tragédia, segundo promotor.

“O que aparece ali nas investigações e no inquérito é que em determinado momento, quando surgiu a situação de espancamento, a reação dela foi consciente, ela se levantou e acompanhou. E o que aparece nos depoimentos foi que ela aderiu ao comportamento do Edison e dos rapazes, e depois aparece ela, através de relatos, determinou que se acabasse o crime fora da casa. A morte do Daniel não teria ocorrido se não fosse essa instigação”, comentou João Milton Salles.

“Não houve tentativa de estupro”

João Milton Salles afastou de vez a hipótese da defesa de Edison Brittes Júnior de que Cristiana sofreu uma tentativa de estupro por parte de Daniel. “Absolutamente rechaço isso, quererem imputar a esse rapaz o crime de estupro”.

“A motivação dele estar no quarto é muito difícil dizer, porque isso só conversando com quem participa desse tipo de festa. É muito difícil você explicar”, ressaltou.

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