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18 de abril de 2024

Compras na Saúde: Câmara de Maringá tem assinaturas para instaurar CPI


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 25/05/2020 às 19h45 Atualizado 22/02/2023 às 23h32
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Embora a mobilização para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fala do secretário de Saúde de Maringá tenha sido iniciada por vereadores da oposição, foi outro grupo, com parlamentares mais próximos ao prefeito Ulisses Maia, quem obteve mais assinaturas e irá protocolar o pedido para a instauração da comissão. A CBN ouviu vereadores nesta segunda-feira, 25, sobre o assunto. A CPI deve ser instaurada na sessão de terça-feira, 26.

Na quinta-feira, 21, o secretário de Saúde de Maringá, Jair BIatto, disse na Câmara de Vereadores que a prefeitura paga até três vezes mais na compra de produtos. Na sexta, 22, ele explicou que havia motivos para isso, como a demanda por produtos em épocas de pandemia e o aumento de preço por parte dos vendedores quando ofertam ao poder público municipal.

Na quinta mesmo, o vereador de oposição William Gentil (PSB) protocolou pedido de investigação no Ministério Público e começou a correr atrás de assinaturas para abrir uma CPI para apurar as compras feitas pela gestão Ulisses Maia. Até sábado, tinha conseguido quatro. Para conseguir aprovar a criação de uma CPI são necessárias cinco assinaturas. Segundo Gentil, já tinha assinado ele e os vereadores que fazem oposição ou são mais críticos à Prefeitura de Maringá: Jean Marques (Podemos), Dr Jamal (PSL) e Chico Caiana (PTB).

A mobilização de Gentil perdeu força nesta segunda-feira. O vereador Sidnei Telles, do PSD, aliado do Prefeito de Maringá, protocolou e começou a pegar assinaturas. A CBN apurou que ele reuniu ao menos 10 assinaturas – a dos outros parlamentares que não faziam parte da proposta de Gentil.

A oposição começou a espalhar a informação de que foi uma decisão acertada com a Prefeitura de Maringá. Parlamentares ligados ao município negaram que tenha havido algum acordo.

O vereador Sidnei Telles (Avante) não é opositor ferrenho e nem apoiador de Maia de primeira hora – depende da pauta. Ele explicou que decidiu protocolar a CPI porque, na visão dele, a proposta de Gentil era muito ampla e poderia não dar resultados. A ideia dele é a de colocar cinco vereadores para fazer os trabalhos analisando as compras da Secretaria de Saúde dos últimos 12 meses.

“As CPIs precisam ter um caso e o projeto do Gentil era muito abrangente. É preciso ter um fato mais específico. É uma CPI para um tempo de investigação que não é possível fazer com precisão, logo poderíamos não ter um resultado final muito claro. Ampliar para 5, aumenta a possibilidade de haver mais investigação”, afirmou.

William Gentil disse que queria investigar todas as compras porque foi o que deu a entender a fala de Jair Biatto. Mas como houve a mobilização da base do prefeito, não teve outra escolha senão aceitar, disse o vereador.

Uma CPI tem 90 dias para trabalhar, com a possibilidade de prorrogação. Em resumo: o resultado pode apontar problemas ou não – e aí o relatório pode ser encaminhado a autoridades, como o Ministério Público.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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