Dirigentes do PP e do União se reúnem para tratar da candidatura de Moro

A decisão do Partido Progressista (PP) paranaense de não apoiar o senador Sérgio Moro, do União Brasil, para o Governo do Paraná, mobilizou a cúpula partidária do UB. Os dois partidos estão em um processo de legalização da Federação União Progressista junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A direção do PP paranaense, com o aval do presidente nacional da agremiação, Ciro Nogueira, já acenou que pretende apoiar um dos candidatos do grupo do governador Ratinho Junior (PSD). Mas o senador Sergio Moro e o presidente nacional do UB, Antônio Rueda, entendem que ainda é possível um entendimento.
“O União Brasil vai insistir na homologação da candidatura do senador Sergio Moro. A intenção é de dialogar com o Progressistas no âmbito da Federação, buscando o melhor para o Paraná e também para Federação. A imposição de vetos arbitrários é inaceitável”, diz uma nota assinada por Rueda.
Nota de Sergio Moro, apesar de começar dizendo que “política se faz com diálogo, respeito e não com vetos ou imposições arbitrárias” e citar que “nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares”, diz também que “segue com a sua candidatura e com o diálogo com o Progressistas”.
Nesta terça-feira, 9, segundo a assessoria de imprensa do senador Sergio Moro, deverá ser realizada uma reunião em Brasília, com a participação dos presidentes dos dois partidos e outras lideranças para, entre outros temas, tratar da candidatura de Moro a governador do Paraná.
A Federação União Progressista, que deverá ser aprovada pelo TSE seis meses antes das eleições de outubro de 2026 e que já vem sendo chamada de “superfederação”, se consolidada, terá a maior bancada de deputados federais e mais de mil prefeitos, inclusive o de Maringá, Silvio Barros (PP). E mais:
- 186 deputados estaduais, dos 1.024 existentes;
- 114 deputados federais, dos 513;
- 7 govenadores, dos 27;
- 1.335 prefeitos, dos 5.569;
- 15 senadores, dos 81.
Sem contar que terá o maior orçamento entre todos os demais partidos. Com base nos recursos de 2024, seriam cerca de R$ 1 bilhão de Fundo Eleitoral.
