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19 de abril de 2024

Servidores lotam Câmara em sessão noturna e vaiam vereadores


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 11/12/2019 às 12h12 Atualizado 25/02/2023 às 06h17
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Servidores lotaram Câmara de Maringá na noite desta terça-feira, 10, em sessão noturna e vaiaram os vereadores. É que os manifestantes esperavam que projeto de migração de celetistas para estatutários entrasse em discussão. No entanto, isso não ocorreu porque os vereadores ainda aguardam documentos que justifiquem a mudança no regime de contratação dos servidores.

O projeto que transforma 931 servidores da Prefeitura de Maringá, contratados pelo regime CLT, em estatutários, ou seja, com estabilidade no cargo e que na aposentadoria vão receber benefício pago município e não pelo INSS, é polêmico.

Quando o prefeito entregou a mensagem de lei à Câmara ficou decidido que o projeto seria votado numa sessão noturna. E nessa terça-feira, 10, a sessão da Câmara foi à noite. Os servidores compareceram em peso e vaiaram os vereadores ao saber que o projeto nem estava em pauta.

O presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PP), tentou argumentar, mas foi respondido com vaias. “Hoje não vai entrar na pauta esse projeto. Não tem codnições, não tem regime de urgência. Infelizmente alguém passou uma notícia mentirosa, dizendo que esse projeto poderia entrar hoje, então vocês vieram até aqui enganados, infelizmente”, disse.

“Inclusive, no dia que o prefeito trouxe em mãos o projeto de lei eu assumi o compromisso com todos vocês que no dia da votação eu faria uma sessão noturna. Hoje é uma sessão noturna, mas de homenagem, então gostaria que vcs entendessem essa situação”, completou Hossokawa.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

Irritado com a situação, o presidente da Câmara chegou a dizer que agora vai ser contra o projeto. “Pode vair à vontade. Então, a partir desse momento, por falta de respeito e falta de compreensão de vocês, eu sou contra esse projeto”, declarou.

MP questiona o projeto

Quase todos os vereadores usaram o microfone para falar com os servidores e explicar que faltam documentos para embasar a criação de um regime jurídico único. Ainda mais agora que o Ministério Público (MP) cobrou explicações.

“No finalzinhio da tarde chegou esse questionamento do Ministério Público. Então, queremos que o prefeito responda esses questionamentos, porque não adianta a gente votar para depois o Ministério Público entrar com uma ação contra a Câmara, contra o prefeiro e sobrar para os servidores”, disse Hossokawa.

O Ministério Público pergunta aos vereadores se a prefeitura informou com clareza quais as razões de interesse público que motivaram o projeto de lei, se apresentou um estudo de impacto financeiro e no índice de gasto com pessoal e por fim o MP questiona se a prefeitura apresentou aos vereadores um estudo de custeio das despesas que serão criadas para a Maringá Previdência .

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