Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

19 de abril de 2024

Sorvete de mandioca é sucesso


Por Luiz de Carvalho/SRM Publicado 13/05/2019 às 14h31 Atualizado 21/02/2023 às 19h45
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Talvez por ser novidade, talvez pelo inusitado, mas com certeza por ser delicioso, um dos sucessos da Expoingá 2019 está sendo um sorvete que tem como principal matéria-prima a mandioca. E mais: a receita não envolve açúcar e gordura e por isto está sendo visto – e saboreado – como alimento saudável.

O sorvete de mandioca é encontrado na Fazendinha da Emater, no extremo norte do parque de exposição de Maringá, espaço dedicado à divulgação do turismo rural, agroindústria e a produção familiar. No estande onde encontram-se produtos da agroindústria regional, o espaço do sorvete chama a atenção pela grande quantidade de pessoas fazendo degustação, comprando e perguntando detalhes da receita. Conversando com clientes e curiosos, a própria criadora da receita, Luciana de Fátima Rodrigues Cruz.

Luciana é uma paisagista maringaense que deixou de pensar no visual do jardim dos outros desde que se mudou para a pequena Rosário do Ivaí, município de menos de 5 mil habitantes cravado bem no centro do Estado do Paraná, onde ela foi morar com o marido, o pecuarista Antônio Malicka.

Sem paisagismo e sem muito o que fazer na cidadezinha de vocação rural, Luciana entregou-se a seus pendores culinários junto com outras mulheres da família e por muito tempo tinha orgulho de falar de seu doce de chuchu, do quindim de mandioca e de outras iguarias.

“O sorvete de mandioca foi uma experiência de sete anos atrás, quando eu estava fazendo as iguarias para o aniversário de minhas filhas Larissa e Laisa Thayane”, conta Luciana Cruz. “Era um teste, eu gostei, o povo lá de casa também, mas não sabia se outros iam gostar. Para minha surpresa, gostaram e gostaram muito, o assunto logo espalhou e o sorvete de mandioca passou a ser uma constante nas festas da família e dos amigos”.

Diversão vira negócio

Só nos últimos meses, Luciana e o marido resolveram que a invenção familiar deveria dar retorno. E deu. O casal providenciou freezers, caixas de isopor, embalagens de 250 gramas, 1 quilo, dois quilos, uma barraca e muita disposição para participar de todos os eventos que aparecessem, entre eles as feiras agropecuárias.

Malicka e Luciana participaram da Expo Londrina, onde a novidade foi provada, aprovada e elogiada pelo governador Ratinho Júnior, pelo vice-governador Darci Piana, prefeitos, deputados e, principalmente, o povo. Na semana passada, o sorvete de mandioca de Rosário do Ivaí foi apresentado no Salão de Degustação, evento da área de turismo que divulgou queijos, vinhos, cervejas artesanais, doces e outros produtos em Curitiba. Mais uma vez, foi bem avaliado.

O sucesso do sorvete levou o casal a pensar empresarialmente e tratou de registrar a receita, dar início ao processo de patenteamento e buscar investidores para uma possível expansão. “Depois, vamos produzir em larga escala para que as pessoas que gostarem possam levar para suas casas, suas festas ou mesmo comercializar em estabelecimentos”, diz Antônio Malicka. Já surgiram empresários se propondo a comprar a patente, mas os inventores do sorvete de mandioca estão mais interessados em encontrar parceiros que invistam no aumento da produção, comercialização e logística de distribuição.

O sorvete pode ser conhecido na Fazendinha. As pessoas podem comprar por R$ 5 na embalagem de 250 gramas ou mesmo uma de 2 quilos por R$ 35. Quem não quiser comprar, pode simplesmente degustar.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação