A história de Dirley, o ‘Caçador de Cobras’ da região de Maringá

Quem é o Caçador de Cobras?

Dirley Bortolanza é morador da cidade de Mandaguari, no noroeste do Paraná, a cerca de 30 km de Maringá.  Vive no município de pouco mais de 30 mil habitantes desde que nasceu, em 1958.  É personagem fatídico da história da sua cidade natal. Isso porque tem uma vocação inusitada: é caçador de cobras.

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O ínicio

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A história de Dirley com as serpentes começou há décadas atrás, quando tinha apenas seis anos de idade, como ele mesmo contou em entrevista ao GMC Online em 2022: “Na infância eu ia dormir na floresta quando estava calor e quando aparecia alguma cobra, eu pegava. Eu pegava elas e levava pra casa, mas ai o pai mandava levar elas pra a mata de volta”

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Técnica e Habilidade

De tanto conviver no ambiente da floresta e lidar com as cobras quase que diariamente, Dirley, ainda criança, já havia descoberto um jeito de manusear esses animais sem que fosse atacado. Ele conta: “Eu brincava com as cobras no chão coberto por folhas, porquê elas gostam muito desse ambiente, e assim ia pegando elas. Quando eu pegava pela cabeça, elas mordiam, davam umas “dentadas”. E aí descobri que quando pegava pelo rabo elas não atacavam”

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Nunca foi picado!

Mesmo lidando com serpentes – inclusive peçonhentas – há mais de 50 anos, Dirley conta que nunca foi picado. A proximidade e a facilidade em lidar com esses animais acabou ajudando muita gente.

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Caçador voluntário

Com o passar dos anos, o hobby que Dirley adquiriu ainda criança foi se tornando um trabalho voluntário de muita responsabilidade. Dirley era e ainda é constantemente “acionado” para capturar as cobras que aparecem em residências e estabelecimentos de Mandaguari.  Assim, ao apanhar as serpentes, ele as levava para casa – onde já chegou a ter mais de 200 cobras.

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Instituto Butantan

Além de realizar o trabalho de salvamento desses animais, ele ainda fazia mais:  Ele enviava as serpentes peçonhentas que capturava para o Instituto Butantan, em São Paulo, para a produção do soro antiofídico Ele conta que durante muitos anos essa foi a única opção que restava, já que não conseguia auxílio das entidades locais para dar às serpentes um destino adequado, sem que elas voltassem a aparecer nas casas.

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As cobras fazem parte da família

Dirley conta que quando conheceu a sua esposa, em meados dos anos de 1990, ela já conhecia seus hábitos, mas que, no começo, tinha medo das serpentes. Logo ele casou com a namorada, Lucimar. Juntos, o casal teve um filho, Dirley Filho, que herdou a paixão por cobras do pai.

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As cobras fazem parte da família

A família é tão apaixonada pelas cobras que durante as refeições os animais ficavam em cima da mesa, enquanto os três comiam.  A companhia das amigas cobras era indispensável à família Bortolanza.

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‘Cobra é minha segurança’

Dirley ainda conta que as pessoas gostam das cobras e a excentricidade desses animais. Há quem pede para tirar fotos, gravar vídeos ou tietar, mesmo que de longe. Há também quem prefira manter distância das cobras. Na marmoraria da família Bortolanza, os funcionários não são muito familiarizados com as serpentes.

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‘Cobra é minha segurança’

Mesmo com o carinho pelas cobras, o “caçador” conta que nunca deu nome para nenhuma das milhares que já capturou. Como sabe que os bichos vão embora, acaba não criando apego emocional. Por conta do seu trabalho, ganhou reconhecimento nacional, seja pela curiosidade que desperta, seja pela ajuda que promove aos laboratórios que produzem soro contra a picada de serpentes.  Até entrevista para o Rodrigo Faro, Dirley já deu.

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Cobras no caixão

Quando abrigava muitas cobras, para receber visitas, como equipes de reportagens, ele as colocava em um caixão preto.  Dirley afirma, inclusive, que é ali que ele será enterrado. Mas, enquanto isso, o local, feito de madeira de Santa Bárbara, já serviu para abrigar as serpentes. Isso porque quando estão lá dentro, elas não atacam.

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Hoje em dia

Uma vez, Dirley chegou a entregar voluntariamente, de uma vez, mais de 150 cobras para a Polícia Ambiental.  Ele calcula, porém, que já chegou a ter mais de 200 serpentes em casa, onde destinada um quarto só para as cobras.  Atualmente, entretanto, o “caçador de cobras” não abriga mais os animais por longos períodos. 

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Hoje em dia

Quando falou com a reportagem em 2022, disse que contato com as cobras tinha diminuído bastante.  Vez ou outra resgatava uma aqui e outra ali e logo as destina para um lugar certo: seja devolvendo à floresta ou enviando-as para o Butantan.

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