O Tropical Waterpark Internacional foi fundado pela família Pozza, em 1996. O parque aquático foi estruturado a partir do projeto de Hélio Moreira Júnior, na várzea de um córrego na Vila Emília, em terreno cortado pelo Trópico de Capricórnio. O lançamento do parque aquático ocorreu em maio de 1995, no Centro Português.
O Water Park só iniciou as atividades no final de 1996, no começo do verão. Considerado na época um dos mais modernos equipamentos de lazer de toda a região, o Waterpark nasceu para atender as classes mais altas de Maringá. Entre seus atrativos estavam a piscina de ondas, piscinas tropicais, tobogãs, playground, piscina coberta, hidromassagem, entre outros.
No início, o Waterpark funcionou em um sistema de associação. O título de sócio custava R$ 500, além de uma mensalidade de R$ 35. Em seu auge, o parque chegou a ter 8 mil associados, conforme levantamento do Maringá Histórica, em 2019. O local havia se tornado um dos pontos de lazer mais utilizados no início dos anos 2000.
Cerca de 3 mil pessoas passavam pelo parque aos sábados, segundo a família. Aos domingos, esse número chegava a 5 mil. No dia mais movimentado da história do clube, 7 mil pessoas estiveram no parque.
Essa imagem foi feita por José Adriano Cardoso Malko, que na época tinha 15 anos e havia acabado de comprar sua câmera digital
A famosa piscina de ondas possuia um equipamento que foi elaborado pela construtora Pozza juntamente com pessoas que vieram de Goiás. Era algo inovador, nenhum outro parque de Maringá tinha.
Essa imagem foi feita por José Adriano Cardoso Malko, que na época tinha 15 anos e havia acabado de comprar sua câmera digital
Outro grande destaque era um tobogã que se conectava com um pequeno rio, como se fosse uma espécie rafting. As pessoas desciam de boia pelo tobogã e entravam no rio.
A parte gastronômica também não deixava a desejar, existia no local uma estrutura em formato de barco que servia caldo de cana, milho cozido, pipoca e churros. Havia ai uma lanchonete em frente à piscina de ondas e outra na entrada no parque, onde também chegou a funcionar uma rádio que podia ser ouvida em todo o clube.
Apesar de ter sido muito frequentado, o parque deixou de funcionar em 2010, pela baixa procura por associação. O parque encerrou as atividades, porque houve baixa na procura por aquisição de títulos e os proprietários passaram a cobrar só pela entrada. No entanto, o valor arrecadado não era suficiente para manter o clube, que foi desativado em 2010.
Após dois anos fechado, em 2012, um incêndio que havia começado na mata do terreno vizinho atingiu o toboágua do parque e se alastrou rapidamente. O fogo foi contido pelos bombeiros.
De acordo com informações apuradas pelo GMC Online em agosto de 2023, o local foi vendido para uma construtora do Rio Grande do Sul. O objetivo é construir vários prédios residenciais. Até o momento não se sabe qual é a data para início das construções.
Fotos: Rafael Bereta/Acervo/Maringá Histórica/Centro de Documentação Luiz Carlos Masson /Tropical Waterpark Internacional em 2005 Texto: Redação GMC Online