O calendário marcava 4 de fevereiro de 2001. São Paulo e Santos se enfrentavam na capital paulista. Aos 29 do segundo tempo, um menino ainda franzino e com espinhas no rosto recebia cruzamento na área e escorava com classe, balançando as redes do Morumbi pela primeira vez.
Falamos de Ricardo Izecson dos Santos Leite, o Cacá. “Cacá”? Sim, com C. À época, o Kaká, com K, que conhecemos, era ainda um jovem em busca de afirmação na equipe principal de um gigante brasileiro. Com a modesta camisa 30, ele anotava, logo em um San-São, o primeiro dos mais de 200 gols que marcara em 17 anos de carreira.
Kaká jogou apenas dois anos em sua primeira passagem pelo São Paulo, o suficiente para cair nas graças da torcida tricolor, conquistando um título: o Torneio Rio-SP de 2001. A final contra o Botafogo foi o passo maior rumo à fama. Ele marcava dois gols e presenteava o torcedor são-paulino com um troféu de campeão pela primeira, e única, vez.
De lá pra cá, o protagonista desta reportagem dispensa apresentações. Campeão do Mundo com a seleção brasileira e da Europa com o Milan, Kaká chegou, individualmente, ao ponto máximo que alguém pode chegar no futebol: ser eleito o melhor jogador do planeta, em 2007.
Depois, em 2009, foi jogar no Real Madrid. A expectativa era altíssima, mas as lesões e as opções do treinador português José Mourinho frearam Kaká, que voltou ao Milan em 2013 e ao São Paulo em 2014, antes de vestir a camisa de seu último clube profissional: o Orlando City, da MLS.
O craque anunciou sua aposentadoria no ano passado, e tudo indica que tem planos de trabalhar nos bastidores do futebol.
