Gêmeas de Maringá ‘viram a chave’ e fazem final no Mundial, em Londres


Por Chrystian Iglecias

As irmãs gêmeas Carneiro, da natação paralímpica de Maringá, seguem a todo vapor em busca de mais feitos para a história do esporte maringaense. Após encantarem o mundo e serem foco da mídia nacional nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, Beatriz e Débora Carneiro já trocaram o “chip” e estrearam bem no Mundial de Londres, na Inglaterra. 

Disputando na classe S-14, para atletas com deficiência intelectual, as gêmeas da Cidade Canção se classificaram para a final da prova que é a especialidade delas. Com o terceiro e o sexto tempo, Débora e Beatriz, respectivamente, irão em busca de medalhas nos 100m peito. A final é daqui a pouquinho, às 14h50 (horário de Brasília), e será transmitida pelos Canais SporTV. 

Os 100m peito sempre foram o carro-chefe da carreira das duas irmãs. Treinadas pelo professor André Yamazaki, da União Metropolitana Paradesportiva de Maringá (UMPM), elas estabeleceram recorde atrás de recorde nesta prova. Débora, inclusive, “acabou” de quebrar o recorde dos 100m peito no Parapan, com a medalha de ouro e a marca de 1m16s33. 

“Elas têm o 3º e o 4º tempo do mundo na prova. A primeira e a segunda, que estão aqui, são muito fortes, não é fácil bater o tempo delas. E Débora e a Bretriz vão na disputa pelo bronze, provavelmente elas disputarão a medalha entre si”, analisou Yamazaki.

“Na final, elas costumam nadar melhor. Mas eu acredito que a chance real nossa é a disputa pelo bronze, que já é uma conquista enorme. É um ouro pra nós! Seguimos firmes no nosso sonho de Tóquio-2020 e uma possível medalha olímpica!”, completou o técnico.

No último dia 2, durante a escala em Madrid em meio ao voo para Londres, Beatriz e Débora Carneiro fizeram um breve contato com o portal GMC Online e descreveram o momento que estão vivendo. Momento este que, sem dúvidas, é um dos mais bonitos capítulos da história do esporte maringaense.

“A participação foi uma delícia. Nossa, foi uma emoção que é inexplicável e não tem preço que pague. Uma sensação de frio na barriga, muita emoção. Muita emoção mesmo!”, comemorou Bia, com sua peculiar empolgação de menina. 

Já Débora chamou a atenção, justamente, para o poderio na prova de daqui a pouco. “Nos 100m peito, a gente imaginava sim que seria uma dobradinha (no Parapan). Foi demais, era tanta emoção que a gente tava… Foi incrível a experiência!”, disse.

Com chegada ao Aeroporto Regional de Maringá marcada para a próxima terça-feira (17), por volta das 12h30, Débora e Beatriz Carneiro receberão uma grande festa. Contamos após os comerciais! Ops, após o término da participação das gêmeas no Mundial.  

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