Maringaense revela misto de orgulho e tristeza por bronze no Pan


Por Chrystian Iglecias

Na maior parte dos casos, conquistar uma medalha nos Jogos Pan-Americanos é considerado um grande êxito na carreira de um atleta. Em Lima, porém, o bronze da seleção masculina de handebol foi, sem dúvidas, a grande decepção de toda a delegação brasileira. Favorito, o Brasil oscilou durante o campeonato e não foi perdoado pelo Chile na semifinal. Em ascensão, os chilenos colocaram um fim inesperado no sonho brasileiro de conquistar o ouro e garantir presença no torneio de handebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio – 2020. 

Figurinha carimbada na seleção brasileira, o maringaense Henrique Teixeira participou de seu terceiro Pan – o primeiro foi em Guadalajara (2011). Em todas as edições em que defendeu a seleção na principal festa do esporte continental, Teixeira foi medalhista, incluindo um ouro em Toronto (2015). Este ano, porém, a medalha não foi vista como uma grande conquista. Sem chegar à final pela primeira vez desde 1987, a seleção masculina está com um pé e meio fora das Olimpíadas, justo no melhor momento do handebol brasileiro.

“A medalha tem que ser valorizada. Olhando por um lado é um êxito conquistar essa medalha, mas por outro lado é uma sensação de tristeza, porque sabíamos que a gente podia mais”, avaliou Teixeira.

Para se classificar para o torneio pré-olímpico das Olimpíadas, a seleção brasileira masculina de handebol precisa torcer por uma combinação de resultados em duas competições: o Campeonato Europeu e o Campeonato Africano. A seleção, porém, só saberá se mantém ou não as chances de estar em Tóquio daqui a cinco meses, já que os dois torneios são disputados em janeiro. 

Para ir ao pré-olímpico, o Brasil precisa torcer para que o Egito seja o campeão africano, e que o classificado da Europa esteja entre Noruega, França, Alemanha, Suécia, Croácia e Espanha. A segunda parte do “trato” é a mais provável de acontecer, já que quatro destas seleção são parte do top-10 do ranking mundial. O problema é o Campeonato Africano, que será disputado na Tunísia, sendo que a seleção da casa é a atual campeã continental.

“Agora é esfriar a cabeça e treinar, começar do zero e recomeçar. Com certeza outras oportunidades virão, e temos que estar preparados para quando ela chegar”, afirmou Henrique Teixeira, em tom de descrença.

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