Após 5 anos fora de linha, Kombi ainda resiste em Maringá


Por Monique Manganaro

Há 62 anos, saía da linha de montagem da Volkswagen no Brasil a primeira Kombi fabricada no país. Agora, o dia 2 de setembro é a data em que é celebrado o “Dia da Kombi” e quando os apaixonados pelo carro relembram a importância do veículo na história e nas próprias vidas.

Mesmo após cinco anos fora de linha (já que desde 2014 o modelo deixou de ser produzido na fábrica brasileira), 147 veículos ainda resistem em Maringá. O número é referente aos registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) na cidade, que englobam as mais diferentes versões e anos de fabricação da Kombi.

De acordo com o Denatran, o modelo mais antigo registrado em Maringá foi fabricado em 1959 e, o mais recente, em 2013, último ano de montagem no Brasil.

Apesar de resistir à passagem do tempo, os carros que estão hoje em Maringá não recebem o valor e reconhecimento que deveriam. Essa é a opinião de Fabiano Ficher, de 40 anos, restaurador de carros antigos.

Em uma chácara na saída de Maringá, Ficher guarda mais de 30 veículos do tipo, muitos deles aguardando para serem restaurados. Depois que ganham uma “cara nova”, o destino da maioria é o exterior, diz o profissional.

“Europa e Estados Unidos. Aqui, o brasileiro não dá valor à Kombi. Muitos deixam jogadas no fundo do quintal, abandonadas, esquecidas no tempo, ou até mesmo vendem para o ferro velho. Os gringos estão levando embora”, afirma.

O trabalho é minucioso. Exige delicadeza e paciência. Além do cuidado com a pintura e acessórios, a dedicação especial precisa ser para a lataria dos veículos que, muitas vezes, chegam extremamente danificadas e até enferrujadas às mãos do profissional.

Alguns dos modelos exportados, depois de prontos, chegaram a custar R$ 70 mil, segundo ele.

Fazendo sucesso na internet, hoje o “hospital” de carros antigos de Fabiano Ficher começou a ser cedido para sessões de fotos para revistas, books, entre outros trabalhos.

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