Abatedouro de aves também está provocando mau cheiro em Maringá


Por Redação GMC Online

Abatedouro de aves localizado na saída para Mandaguaçu é mais uma fonte importante de mau cheiro que incomoda maringaenses desde o início de dezembro do ano passado, conforme relatos feito por moradores na Ouvidoria Municipal (serviço 156). A constatação foi feita por fiscais e técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema), que identificaram irregularidades em área de produção e descarte de resíduos oriundos do processo do abate.

Fiscais e técnicos comprovaram ineficiência na função dos biofiltros responsáveis pela contenção de resíduos gerados pela fábrica de farinha, o que provoca emissão na atmosfera de partículas condutoras de mau cheiro. Também constataram que lagoas utilizadas para o tratamento de resíduos oriundos do processo produtivo estão em processo de esvaziamento há mais de 30 dias e ainda não foi concluído. Isso também é fonte de mau cheiro.

A empresa foi notificada pela Secretaria do Meio Ambiente a fornecer diversas informações, como documento detalhando práticas para minimização de odores em toda a planta produtiva, ficha técnica do biofiltro existente na fábrica de farinha e de óleo, Plano de Controle Ambiental protocolado junto ao Instituto Ambiental do Paraná e cópia do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que a empresa teria firmado com o IAP.

No TAC, cujo prazo ainda estaria em vigor, a empresa teria se comprometido em realizar melhorias ambientais exigidos no sistema de tratamento de efluentes industriais. De acordo com a notificação, a empresa tem cinco dias úteis, a contar desta sexta-feira (1º), para apresentar os esclarecimentos solicitados. Um quinto documento, o estudo de Modelagem de Dispersão Atmosférica de Odores, o que inclui sua dispersão por áreas residenciais, o prazo é de 90 dias.

Mau cheiro é relatado desde dezembro de 2018

Desde o início de dezembro do ano passado a Secretaria do Meio Ambiente rastreia a origem do mau cheiro relatado por moradores de diversos pontos da cidade ao serviço 156 da Prefeitura de Maringá.

Contato direto com cada morador refinou a área de investigação, reduzindo a uma região da cidade as reclamações mais frequente. Estudo do comportamento dos ventos fornecido pela estação climatológica da UEM auxiliou nesse trabalho.

A investigação resultou na interdição de empresa de compostagem na zona norte da cidade, impedida de receber resíduos orgânicos até que cumpra exigências para resolver o problema do mau cheiro exalado durante o processo produtivo. A empresa ampliou área de produção e exatamente nesse espaço deixou de cumprir a exigência de isolá-lo com uma fila de árvores. A cobertura vegetal do entorno é decisiva para conter o mau cheiro.

Parte da matéria-prima utilizada pela empresa de compostagem era fornecida pelo abatedouro de aves. A Secretaria de Meio Ambiente também quer saber a destinação desse material, considerando o embargo em vigor. Além da empresa de compostagem, outras nove empresas foram notificadas a dar explicação sobre o cumprimento de normas para conter mau cheiro.

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