Ao menos 200 alunos da UEM não têm acesso à internet


Por Victor Simião/CBN Maringá
Ao menos 200 alunos da UEM não têm acesso à internet

De acordo com uma pesquisa interna feita com 7,5 mil estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ao menos 200 deles não têm acesso à internet ou não têm equipamentos como computador ou smartphone. O levantamento foi feito porque a universidade tem trabalhado para o retorno das aulas de forma remota devido à Covid-19. Uma proposta  será votada pelo Conselho de Ensino e Pesquisa na tarde desta quarta-feira, 15.

A UEM tem em torno de 15 mil alunos de graduação presencial. A pesquisa foi respondida, portanto, por 50% deles. Em um trabalho anterior, 78% dos acadêmicos responderam – e 9% haviam dito não ter acesso à banda larga. 

De acordo com o diretor de assuntos acadêmicos da UEM, Carlos Humberto Martins, a reitoria está preocupada com o assunto. Por esse motivo, conseguiu 450 smartphones que poderão ser emprestados e os laboratórios de informática poderão ser utilizados, seguindo as medidas para evitar o contágio da covid-19 –  se a proposta de retorno remoto for aprovada no CEP.

“A UEM tem feito todo um esforço para incluir esses alunos que responderam que não têm acesso, tanto à banda larga gratuita como equipamentos, pensando em um plano bem amplo de inclusão digital. Esse plano tem diversos itens, como um convênio com a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), que possa dar banda larga gratuita a esses alunos. A UEM também conseguiu, junto à Receita Federal, a doação de 450 smartphones de ótima qualidade para possibilitar o empréstimo a esses alunos, além de tablets, notebooks ou computadores. Já está em discussão a possibilidade de empréstimo desses equipamentos para esses alunos e o uso dos laboratórios de informática da UEM, que são mais de 50, que eles poderiam frequentar para assistir suas aulas teóricas de forma remota, claro, respeitando todas as condições sanitárias”, destaca.

Dos alunos que têm conexão com a internet, 83% usam de suas casas e 14% no trabalho e em casa;  o restante só no trabalho ou não tem. 82% têm equipamento exclusivo, ou seja, não dividem com ninguém. 

A pesquisa também foi feita com professores. 62% do total responderam – ou seja, 950. Desses, 68% registraram se sentir capacitados para ministrar aulas de forma remota. 

Por conta do coronavírus, o ano letivo 2020 não começou. A UEM criou um grupo de trabalho que avaliou a possibilidade de retorno de forma remota, a partir do dia 03 de agosto. Essa proposta já foi aprovada pela Câmara de Graduação, uma primeira instância, digamos assim. 

O CEP poderá aprovar, modificar ou rejeitar o plano. 

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