Após furtos, moradores monitoram construção da Casa de Semiliberdade


Por Carina Bernardino/CBN Maringá

A obra da Casa de Semiliberdade na esquina da Avenida Tuiuti com a rua Rio Samambaia, em Maringá, está parada desde o dia 26 de setembro, quando foi embargada pelo município.

A construção num terreno doado pela Prefeitura de Maringá ao Estado em 2016 vai abrigar adolescentes infratores durante a noite. Ao saber da obra, os moradores se colocaram contra a construção da unidade no bairro, mas dizem que aceitam o projeto.

O impasse motivou a paralisação dos trabalhos. Porém, assim que os operários saíram, materiais da obra começaram a ser furtados por vândalos. Ferro, lajotas e outros itens teriam sido levados da obra. Preocupado com a situação, o porta-voz dos moradores do Jardim Campos Elíseos e região, Marcos Mandadori, emitiu um alerta no grupo da comunidade. A orientação é para os moradores denunciarem quando perceberem os furtos.

A CBN foi ao local e encontrou um dos tapumes abertos, mas não entrou na obra porque não saberia verificar se algo foi furtado ou não do local. Em relação a construção, a dona de casa Fátima Pedrosa também apoia o movimento que não quer a obra naquela região da cidade. Ela explica que o bairro já é perigoso e que tem medo que a violência aumente com a unidade.

Por nota, a Secretaria Estadual de Justiça, informou que não recebeu nenhuma notificação oficial sobre os furtos. De qualquer maneira, a obra é de responsabilidade da construtora e da Paraná Edificações. Então a Sejuf vai notificar a Pred para vistoriar a obra e confirmar se houve furtos no local.

Sobre a notificação da Prefeitura de Maringá, que ofereceu outro terreno para construção da Casa de Semiliberdade, o Governo do Estado diz que devido à complexidade da questão, as áreas de socioeducação e de engenharia estão coletando a documentação necessária para redigir um ofício, que será encaminhado ao secretário para as devidas providências. Isso deve acontecer nesta semana, até quarta-feira (6).

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