Maringá não está livre de uma epidemia de dengue, diz secretário


Por Luciana Peña/CBN Maringá

O atual ciclo epidemiológico da dengue, de acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, termina este mês. Em agosto começa uma nova estatística. Maringá chega nesta reta final com 3242 notificações e 741 casos confirmados – duas pessoas morreram este ano na cidade por causa da dengue. Os focos de larvas do mosquito transmissor não deram trégua nem no inverno.

O terceiro Lira do ano aponta 1,3% de infestação média, com pico de 3%, na região da Vila Esperança. A maior parte dos focos foi encontrada, mais uma vez, nos quintais das casas. Por que será tão difícil acabar com estes depósitos de larvas? A agente de endemia Marlise Muniz diz que alguns moradores que acumulam lixo nos quintais têm problemas de saúde e precisam de acompanhamento.

“As vezes a pessoa tem um problema mental e não consegue entender. É uma questão cognitiva. Acontece também da pessoa não ter problemas mentais, mas não ver”, explicou Marlise. 

O Lira anterior não tinha sido muito diferente do divulgado nesta segunda-feira. Três meses atrás Maringá estava com 1,4% de infestação média. O secretário de Saúde Jair Biatto diz que o mosquito de adaptou ao clima e está mais resistente. Por isso o combate à doença precisa de novas estratégias. Se as confirmações continuarem neste ritmo, a cidade entra em epidemia até o fim do ano.

“Existe um risco, como outras cidades do Paraná. Londrina e Foz já estão bem próximos de uma epidemia. A gente espera que não aconteça, mas é uma situação que pode acontecer com Maringá sim”, afirmou Jair Britto.

O mapa da dengue mostra que o risco para dengue é médio em quase toda a cidade.

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