Maringaense com síndrome de down faz sucesso nas redes sociais


Por Nailena Faian

Há quatro anos, Maria Rita saiu da barriga da mamãe. Francielle Sevilheri, na época com 28 anos, teve dificuldades para assimilar o que estava acontecendo. É que a criança nasceu com síndrome de down, um distúrbio genético que provoca atraso de desenvolvimentos físicos e intelectuais.

“Tive depressão pós-parto. Tinha medo, passei muito mal. Nunca tinha tido contato com alguém assim. E geralmente quando não se está próximo, você não busca saber sobre o assunto”, lembra Francielle.

E esse medo todo partiu não só pelo desconhecimento, mas por influência médica. “Com 14 semanas, fui fazer um exame de translucência nucal e o resultado indicou que o bebê teria síndrome de down. O obstetra, então, propôs que eu fizesse o aborto. Troquei de obstetra e resolvemos levar a gestação até o fim”, conta.

Meses depois, a pequena veio ao mundo. Francielle recorda que foi somente 28 dias depois que ela se deu conta de que era possível que a filha levasse uma vida normal. “Senti que minha filha precisava de mim, precisava que eu lutasse por ela. Levei para a fonoaudiologia, fisioterapia, aprendi a estimulá-la em casa e vi que era possível viver tudo aquilo que eu sonhava ao ter um filho”, diz a mãe.

O esforço surtiu efeito rápido. Com um ano e dois meses, Maria Rita já havia começado a andar. Com um ano e seis meses ela já pronunciava diversas palavras e começou a ir para a escola municipal regular.

Famosa
Com seu sorriso e simpatia, Maria Rita conquistou milhares de fãs no Instagram, depois que a mãe criou uma conta para ela. Lá, a família conta o dia a dia da pequena com objetivo de desmistificar a síndrome de down.

Com as fotos, foram surgindo propostas de campanhas publicitárias e nesta semana Maria Rita foi declarada embaixadora de uma loja de roupas para crianças.

Hoje, 21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down, a mãe pede menos preconceito e mais amor. 

“Hoje ela tem uma vida como de qualquer criança. Eu espero que no futuro a síndrome me de down seja vista somente como uma característica, da mesma forma como uma pessoa é loira e outra é morena. O preconceito está nos olhos das pessoas. Tudo que está fora do nosso padrão assusta”, afirma a mãe.

Você pode conferir o perfil do Instagram dela aqui. 

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