Médica-legista falará sobre feminicídio em Maringá


Por Luciana Peña/CBN Maringá
Médica-legista falará sobre feminicídio em Maringá
O evento “Queremos todas vivas” será na quinta-feira, 28. Foto: Divulgação

Esta semana faz dois anos e três meses que a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges foi assassinada. A família de Magó, enquanto lida com o luto e com um doloroso processo judicial para punir o culpado pelo crime, se empenha também numa luta que é de muitos: o combate ao feminicídio.

A bailarina Daísa Poltronieri, mãe de Magó, reuniu forças para ajudar a sociedade nesta luta, um compromisso que assumiu para si, como mãe de uma vítima de feminicídio.

“Eu, como mãe, estou nessa expectativa de poder ajudar de alguma forma a entender que o feminicídio, a violência contra as mulheres deliberadamente, essa cultura do estupro que existe no nosso País, deve ser combatida, deve ser comentada entre todos os grupos sociais, para que se compreenda que os números que existem não são falsos. São 4 mulheres assassinadas por dia em todo o território nacional por feminicídio. Minha filha entrou nesses dados em 2020, então vejo que eu, como mãe, como mulher, tenho que ajudar essa sociedade”, destaca. “A dor nunca vai passar. Eu perdi minha filha por um ato violento, mas as sementes que a Maria Glória deixou elas devem ser germinadas, elas devem florescer. E a Maria Glória tornou-se um símbolo de luta contra o feminicídio”, acrescenta.

E uma forma de combater o feminicídio é discutir o tema. A família de Magó está promovendo nesta semana uma palestra com a vereadora de Curitiba e médica-legista Maria Letícia. Ela irá falar sobre o feminicídio sob o olhar de uma profissional que testemunhou as marcas da violência contra mulheres e crianças.

O evento “Queremos todas vivas” será na quinta-feira, 28, às 19h no Teatro Reviver Magó. A entrada é gratuita, mas a organização pede que se faça a inscrição para controle de público.

Ouça a reportagem completa no site da CBN Maringá.

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