Meninos são mais medicados com Ritalina do que as meninas. É o que revela pesquisa da fisioterapeuta e mestra em biociência e fisiopatologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Carla Bethânia Rufi.
A Ritalina é um medicamento prescrito para crianças que apresentam Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH). Em Maringá, uma pesquisa foi feita para analisar o perfil epidemiológico de crianças que fazem uso desse medicamento. Análise foi realizada em crianças que, em 2013, estudavam na educação infantil e ensino fundamental nível 1 (de 0 a 10 anos).
Carla concluiu a partir de sua pesquisa que a cada menina, dois meninos usam Ritalina. Segundo ela, esse dado ainda está sendo estudado, mas a explicação pode estar na “agitação que é mais comum em meninos e a própria maturação que também é diferente”.
Outra influência percebida no estudo foi o período em que a criança fica na escola. Crianças que estudam em período integral fazem menos uso do medicamento.
De acordo com Carla, a análise chegou à conclusão de que a rotina integral é mais calma. “A própria tarefa sendo feita na escola, descanso, mais atividades lúdicas… acreditamos que isso contribua para esse número menor”, diz.
Ainda segundo Carla, o turno matutino foi o com maior índice de crianças que usam Ritalina.
O resultado da pesquisa aponta que 5,6% das crianças que responderam a um questionário em 2013 usam Ritalina. No Brasil, esse número é de 3%. Ao todo, em Maringá, 18.207 crianças responderam as perguntas e 663 faziam uso do medicamento.
