Mulheres representam apenas 15% do efetivo do 4º Batalhão da PM


Por Nailena Faian

Mesmo com conquistas importantes no mercado de trabalho nas últimas décadas, há cargos que ainda não são muito ocupados por mulheres, como o de policial. No 4º Batalhão de Polícia Militar de Maringá – que abrange a cidade e mais 11 municípios da região – apenas 15% do efetivo é composto por mulheres.

Entre os vários exemplos de guerreiras dentro da PM está Fernanda Julie, de 28 anos, que conversou com o Portal GMC Online. Ela ingressou na corporação em 2013, ao ser aprovada entre os 30 primeiros no concurso. Já passou pelo 4º Batalhão e hoje faz parte da 2ª Esfaep (Escola de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Praças).

O desejo de ingressar na PM foi motivado pela influência  do pai dela que é guarda municipal. De 2013 para cá, a jovem já atuou atendendo denúncias do 190, como operadora de rádio, comandando viaturas, na própria viatura fazendo rondas, no setor de comunicação social e  no setor de trânsito. Hoje trabalha no setor administrativo da Escola da PM.

“Já passei por algumas situações de perigo, como acompanhamentos de veículos em fuga após o cometimento de crimes. Graças a Deus não passei por confronto armado, mas muitos policiais da corporação já tiveram que enfrentar essa questão, inclusive no momento de folga”, relata.

Sobre o preconceito com policiais mulheres, Fernanda diz que infelizmente ainda existe. “O número de policiais militares mulheres vem aumentando. Apesar de ainda ter preconceito nós temos garra e força para lidar e superar isso”, garante.

A arma de fogo que ela usa é uma pistola Tauros PT 840.

“No início tive um pouco de receio em relação a arma, pois ela é uma grande responsabilidade, e logo quando entramos na corporação ainda não estamos acostumado com tal responsabilidade. Agora vejo como um meio de proteção para mim, minha família e para os cidadãos de bem.”

A profissão exige um bom condicionamento físico. São realizadas avaliações físicas pelo menos duas vezes ao ano. Para se manter em forma, ela pratica academia pelo menos três vezes na semana e também faz atividades aeróbicas. 

Vaidade e redes sociais

Mesmo com a farda, Fernanda não deixa a vaidade feminina de lado. Continua usando maquiagem, esmalte na unha, brinco, coque no cabelo, mas tudo conforme o regimento da corporação, que permite cores neutras e acessórios pequenos.

Nas redes sociais, a profissão chama atenção, atraindo milhares de seguidores. Só no Instagram já são quase 20 mil seguidores.

“Eu não busco ter mais seguidores, mas sim levar a esperança de melhoria de vida para as pessoas, seja como policial militar, empreendedora ou ainda como uma pessoa que apenas leva o bem a outras pessoas”, diz Fernanda.

Além de ser policial militar, ela é professora de graduação de Gestão em Segurança Privada e de pós graduação em Direito Digital e Segurança Pública. Também coordena dois projetos, um de empreendedoras femininas de Maringá e outro de concurseiros.

 


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