O problema das festas em chácaras continua grave em Maringá. Praticamente todo fim de semana tem pai ligando para o Conselho Tutelar pedindo socorro porque o filho, adolescente, está numa festa regada a bebida alcoólica e até drogas. Mas a denúncia geralmente chega em cima da hora, ou pior quando a festa já está no final.
Nestes casos o Conselho Tutelar não pode agir. Os conselheiros só vão até o local com uma força de segurança. Inclusive porque em alguns casos os pais relatam até a presença de gente armada na festa. Mas para acionar a força de segurança é preciso que a denúncia seja feita com antecedência. Isso permite até que a festa seja embargada antes de começar.
“Os pais nos ligam na madrugada, só que o conselho fica meio impossibilitado de, no ato da ligação de um pai, poder atender, porque nós não somos força policial para chegar em uma festa sozinhos. Nós precisamos da Polícia Militar, da Guarda, para acompanhar, para ver a situação daquela festa. Na maioria das vezes, o pai já sabe dessa festa anteriormente, então pedimos que comunique o conselho com antecedência, que nós vamos até o local, fazemos uma verificação, quem são os responsáveis, o que vai ser servido nessa festa, nós alertamos o dono da festa. No caso de ser realmente uma festa só para adolescentes, e que tenha o consumo de bebida alcoólica, essa festa nem acontece, porque nós conseguimos embargar antes”, explica a conselheira tutelar Sônia Versari.
A Câmara Municipal criou uma comissão para elaborar uma nova legislação, regulamentando as festas em chácaras. A proposta é responsabilizar os organizadores das festas e os proprietários das chácaras. O relatório está pronto, mas ainda não foi apresentado para votação.
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