Três fatores explicam queda na geração de emprego em junho


Por Letícia Tristão

Em junho, Maringá teve saldo negativo na geração de empregos. Foram 5.111 contratações contra 5.626 desligamentos, totalizando diminuição de 515 postos de trabalho. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o dado é similar: 466 vagas foram fechadas em 2017. Os dados foram divulgados na sexta-feira (20) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Todos os setores analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram queda em junho. O Comércio foi o que mais fechou postos de trabalho, 206. Em seguida está a Indústria com menos 187 vagas e Serviço com 94.

Segundo análise feita pelo economista João Ricardo Tonin à coluna Economia em Foco na rádio CBN Maringá, três fatores explicam o saldo negativo. O primeiro deles é a questão sazonal. “Historicamente, junho é o segundo mês que menos gera emprego na cidade. Em boa parte dos anos o saldo foi negativo”, ressalta.

O segundo fator explicado pelo economista está relacionado à crise de abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros em maio. “Causou grande impacto na economia que refletiu nos números de junho, com Comércio e Indústria tendo a maior redução no mercado de trabalho em Maringá”, afirma.

As eleições seriam o terceiro fator. “Com a chegada do período conturbado, é normal que as empresas e as famílias fiquem mais receosas, o que prejudica a atividade econômica e, consequentemente, ocasiona redução no mercado de trabalho”, finaliza.

Acumulado do ano

De janeiro a junho deste ano, Maringá abriu 1.785 vagas. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o saldo foi de 1.337. Este ano o saldo foi 34% maior que em 2017. Com esses números, Maringá fica em 4° lugar na geração de emprego no Paraná. Atrás somente de Curitiba, Cascavel e São José dos Pinhais.

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