Você deve conhecer alguém que fica gripado várias vezes ao ano. É a resposta imunológica do corpo ao patógeno, ou seja, ao microrganismo que causa a gripe.
São inúmeros vírus de gripe circulando por aí. O novo coronavírus trouxe uma situação similar. Há pacientes que nem apresentam sintomas, enquanto outros mostram sintomas moderados. E ainda há aqueles se encontram em condições tão graves, que precisam de UTI e ventilador mecânico.
Muitas pesquisas estão sendo realizadas mundo afora para entender o comportamento do coronavírus. Uma delas é inédita e está será comandada pelo Instituto do Câncer de Guarapuava.
Onze instituições de pesquisa do Paraná e outras quatro do estado de São Paulo participam do estudo. A Universidade Estadual de Maringá está entre elas.
A diretora de pós-graduação da UEM e pesquisadora do CNPq, Márcia Consolaro, explica que o objetivo desta pesquisa é entender o papel dos genes na resposta do organismo à infecção pelo coronavírus.
“Nós buscamos identificar em todo o Paraná tanto aspectos genéticos do próprio Covid, quanto aspectos genéticos dos pacientes, que façam com que ele desenvolva um quadro mais grave ou não desenvolva nenhum sintoma”, explica.
Resposta imunológica é diferente de resposta alérgica. Os alérgicos têm uma resposta exacerbada quando entram em contato com poeira, ácaro entre outros alérgenos. A resposta imunológica é a defesa do organismo agindo contra um microrganismo que causa doença: um vírus, por exemplo.
Márcia aponta que uma das principais perguntas da pesquisa é justamente essa: por quê algumas pessoas são mais suscetíveis e outras mais resistentes às manifestações do vírus e que a resposta pode estar nos genes.
A pesquisa começa este mês e recebe um investimento de 800 mil reais. Para o estudo serão coletadas, ao longo de quatro meses, amostras de sangue e tecidos de pacientes. E os pesquisadores vão avaliar o comportamento da Covid-19.
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