Um Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Público de Maringá vai verificar se há irregularidades na conduta de 12 professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Segundo o MP, todos os docentes investigados estão submetidos ao regime de trabalho de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide). A modalidade, de maneira geral, exige que o professor dedique 40 horas semanais à universidade e proíbe o exercício de qualquer outra atividade remunerada.
Durante as investigações, no entanto, o titular da 20ª Promotoria de Justiça, Leonardo da Silva Vilhena, suspeitou de vínculos dos professores com outras atividades empregatícias a partir de informações da Receita Federal, dos Conselhos de Fiscalização Profissional e da Delegacia Regional do Trabalho.
Conforme a deliberação da promotoria, são investigados seis professores do Departamento de Administração da UEM e outros seis do Departamento de Arquitetura e Urbanismo.
Para o MP, em alguns casos, existem “indícios robustos” do envolvimento de professores com empresas e até com outras instituições de ensino.
O portal GMC Online entrou em contato com a UEM, via assessoria de comunicação, que afirmou que a reitoria da instituição não vai se pronunciar, já que não é parte da investigação. “Esse é um inquérito de 2016 que agora está se desdobrando em inquéritos individuais”, complementou a universidade.