Última chuva de meteoros de 2019 poderá ser vista de Maringá


Por Nailena Faian

A última chuva de meteoros de 2019, as Geminídeas, poderá ser vista de Maringá e de todo o Brasil de sexta-feira, 13, até domingo, 15. O fenômeno é a intensificação do número de meteoros – entre 3 a 28 por hora.

Não é preciso nenhum equipamento para observar os meteoros velozes rasgando o céu a uma velocidade de 260 mil km/h. Basta estar longe do perímetro urbano e em um local com céu limpo.

Segundo o astrônomo e doutor em Astrofísica Gabriel Rodrigues Hickel, o melhor horário para ver o fenômeno será entre às 23h até o dia amanhecer. Ele explica que o pico da chuva de meteoros está previsto para ocorrer no sábado e o melhor horário para apreciar será por volta das 2h.

“Neste instante, já considerando o efeito da Lua cheia; para o Brasil, as regiões Norte e Nordeste terão melhor incidência, com 11 a 28 meteoros por hora; Centro-Oeste 7 a 21 meteoros por hora; Sudeste 7 a 19 meteoros por hora; Sul 3 a 17 meteoros por hora”, explica.

O astrônomo também dá dicas de como observar a chuva de meteoros Geminídeas.

“Para ver uma chuva de meteoros você só precisa dos seus olhos, uma cadeira de praia e motivação. Obviamente, o céu deve estar sem nuvens, o que não é muito fácil nesta época do ano, na maior parte do Brasil. Não há região específica do céu a olhar, mas você terá um melhor aproveitamento se ficar com o olhar fixo nas populares ‘Três Marias’, deixando a visão periférica dos seus olhos trabalhar. O ideal é procurar um lugar escuro, longe da poluição luminosa das grandes cidades, com o horizonte livre (sem edificações, árvores ou morros próximos) e deitar-se em uma cadeira de praia, de modo a ver o máximo de céu possível. Tenha paciência e não espere um show pirotécnico. Observe por pelo menos 1 hora para ver um número razoável de meteoros”, recomenda.

77 meteoros

A imagem que consta no topo da matéria é de autoria de Steed You e foi feita em 2015. Ela é uma composição de várias fotos, todas com longa exposição, feitas com uma lente grande angular.

“Ela é um resultado acumulado que mostra os meteoros mais brilhantes que veríamos a olho nu, capturados pela câmera, ao longo de 3 horas, para uma área equivalente a cerca de 20% do céu. Nela, dá para se notar cerca de 77 meteoros que parecem vir de um mesmo ponto (o radiante). Mas não espere ver assim, pois a olho nu, veríamos um meteoro de cada vez e em cada instante, em separado”, finaliza Hickel.

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