Coronavírus e o efeito colateral econômico


Por Gilson Aguiar

Estamos preocupados com o coronavírus, temendo os desdobramentos da propagação da doença, inevitável em uma sociedade com a integração econômica que temos e com a constante movimentação de pessoas. A conduta preventiva é a principal medida para se conter a doença ou reduzir o seu efeito.

Temos que ter dimensão e nos prepararmos também para os efeitos econômicos que a doença apresenta. As medidas de prevenção tem seu preço. Podemos começar com a quarentena de cidades inteiras, da redução de movimentação em viagens e eventos. Estamos diante da suspensão de atividades de empresas, indústrias e estabelecimentos comerciais.

O não consumo de produtos e serviços reduz a movimentação de capital e ameaça empreendimentos. Quanto mais tempo as medidas permanecem os prejuízos aumentam e podem ser fatais para várias empresas. O que gera também um efeito social. Há desemprego que pode crescer por falta de demanda no mercado. E não podemos esquecer que este efeito estará presente por ainda um bom tempo depois que a propagação do vírus for controlada e perder força de contaminação.

Logo, se o coronavírus ameaça a vida das pessoas, principalmente de crianças na primeira infância ou idosos, os efeitos da doença sobre a economia afeta a todos, em especial os mais saudáveis e produtivos em um primeiro momento, todos os seus dependentes em cadeia. Esta é nossa maior fragilidade.

Esta lição deve ficar desta doença. Levarmos em consideração o quanto vivemos em uma economia de aspectos planetários e de dependência em cadeia extensa e intensa. Aprendermos a prevenir esta condição é muito mais difícil que a doença. Porém, ter consciência disso ajuda a estimular a necessidade de resolução de problemas que pensamos ser dos outros, distantes, mas que estão mais perto de nós do que imaginamos.

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