Denúncia e prisões fazem parte da democracia


Por Gilson Aguiar

Hoje o Paraná amanheceu com a Operação Lava-Jato decretando a prisão do ex-governador Beto Richa e sua mulher, Fernanada. Também, o ex-chefe de gabinete Deonildo Roldo. O político do PSDB disputa uma vaga ao Senado nas eleições de outubro.

A 53ª fase da Operação Lava-Jato investiga pagamento de propina a agentes públicos do Paraná. No caso de Richa, o programa Patrulha Rural, foi o fator da prisão, além do direcionamento de licitação para a duplicação da PR 323.

A prisão de Richa é temporária, por cinco dias. Mas pode ser decisiva nas suas intenções ao governo do Paraná. O que deve ser objeto de escarnio dos seus adversários. Os desdobramentos da investigação e a condição do ex-governador deve dar o tom de como podemos ver concluir a campanha eleitoral.

As eleições deste ano mostram o quanto ainda estamos para assistir muitos desdobramentos com fatos novos que vão gerar reações dos eleitores e mudança nas estratégias dos candidatos.

Estamos em um momento importante. Investigar, deter, com provas, exigir punição de responsáveis, são avanços. Mas isso não desmerece a democracia, a reforça. Ela nos faz acompanhar através de uma imprensa, muitas vezes considerada partidária, nos leva a conhecer os fatos e a compreender que a liberdade não tem preço. Por mais que as notícias gerem um dissabor, significam um avanço.

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