Educação não é bricandeira


Por Gilson Aguiar
Educação é coisa séria

Hoje está programada uma paralização nacional pela educação, contra os cortes das verbas nas universidades federais e contra a reforma da previdência. Parte do movimento se coloca contra o governo de Jair Bolsonaro.

Vamos separar o “joio do trigo”. Parte considerável dos gastos das instituições de ensino superior é com pessoal. Aposentadoria, benefícios, planos de carreiras, consomem boa parte do orçamento das instituições de ensino superior. Colocando no pacote os gastos correntes, água, luz, telefone, manutenção, mais de 80% do orçamento se vai.

As universidades são fundamentais. A educação, a pesquisa e a extensão, serviços prestados pelas instituições de ensino fazem a diferença na vida das comunidades onde elas estão inseridas. Ignorância dizer o contrário. A formação universitária pode melhorar a qualidade de vida da população. Bons profissionais melhoram o mercado. Inovação é resultado de desenvolvimento científico e técnico. Precisamos disso.

Considero que as gestões universitárias precisam melhorar. Não recrimino quem está à frente da gestão universitária. Seria generalizar. Mas a história das instituições públicas é a construção de benefícios excessivos e injustos. Muitos que merecem reconhecimento são rejeitados. Os apadrinhados, que fazem política mais que educação, ciência e tecnologia, se dão bem dentro das instituições educacionais.

Cobrar eficiência das instituições de ensino, avaliar seu desempenho, rever benefícios excessivos são práticas necessárias. Generalizar as universidades como núcleos ideológicos e como dispensáveis é afirmação de quem desconhece a realidade acadêmica ou está disposto a destruí-la.

Já passou da hora de valorizarmos os bons professores, pesquisadores e funcionários técnicos das academias brasileiras. Respeitar quem faz a educação ter um papel de protagonismo. As pessoas que nos afastam da ignorância e nos dão conhecimento são fundamentais para uma vida melhor. As universidades têm muito a nos oferecer. Por isso, temos que defendê-las. Também, porém, cobrar também mais eficiência, acompanhar sua produção, viver mais o que as instituições de ensino superior têm a oferecer.

 

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