Educação: rotinas e bons hábitos


Por Gilson Aguiar

O período de ir às compras dos materiais escolares dos filhos para muitos pais é mais um hábito pesado, de gastos. Os filhos, encantados pelo colorido dos produtos vendidos nas lojas especializadas, se encantam mais pelos objetos do que pelas funções. Não são os únicos, os pais, os chamados “adultos” também têm seus encantamentos pelo que está nas prateleiras.

Mas o gasto com a educação não se resume nisso, esta não é sua essência. A educação é o maior e melhor investimento que podemos fazer em um ser humano. A preparação das pessoas para o futuro com ciência, cultura e arte permitem a formação de um ser melhor, em todos os sentidos. Isso deve estar na mente dos pais.

As escolhas materiais e a coleção de objetos dentro do ambiente escolar tem crescido. São inúmeros elementos de estética que invadem nosso dia a dia. As crianças, no ambiente escolar tem se apaixonado pelas coisas que os cercam, mas não pelas coisas certas.

Dentro da escola os interesses e relações entre as pessoas têm muito pouco de um aprimoramento do conteúdo, do debate do que se aprende. O interesse esta em coisas fora do ambiente escolar, e muito do que o próprio ambiente não trabalha. A escola também se afastou da realidade e reproduz, em parte, seus desejos estéticos.

A compra dos materiais escolares onde se destaca a forma e o colorido dos objetos é uma expressão deste desejo pelas coisas sem entender de forma complexa a sua função. Um hábito que cresce e é prejudicial.

Precisamos mudar os hábitos. Talvez o melhor a se adquirir é o de frequentar constantemente a escola de nossos filhos, acompanhá-los no desempenho escolar. Rever o nosso sentido sobre formação e educação. Se isso ocorrer, o ritual de compra dos materiais escolares terá outro sentido.

 

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