Em tempos de festa junina, o e-commerce se torna válvula de escape no stress do isolamento


Por Alexandra Staudt - Marketing e Varejo
Imagem Ilustrativa/Freepik/Domínio Público

Reconhecido internacionalmente como um país acolhedor, o “país da diversidade”, que valoriza o contato interpessoal e que se cumprimenta tradicionalmente com abraço e beijo, de repente, se vê em Isolamento Social. A orientação da Organização Mundial de Saúde é para que todos permaneçam em suas casas, evitando contato, aglomerações, comemorações…

Entre discussões sobre a necessidade do isolamento para garantir a saúde e portanto, a vida, da população, os questionamentos se misturam ao medo, as autoridades políticas divergem e portanto, governadores, prefeitos e presidente da república mantém e divulgam orientações diversas umas das outras, assim, a sensação que se tem é de total insegurança e perda de controle.

Sim, porque num país em que tudo é motivo para comemoração e, por comemoração, entenda-se contato interpessoal; proibir, de repente, toda uma população de sair de casa implica restringir a essência do brasileiro, habituado a comemorar com festa, de casamentos a aniversários de cachorros.

Soma-se a isso, um período de mais de 100 dias de isolamento, com todos os eventos proibidos e o cancelamento da festa popular mais disseminada no país (com exceção do carnaval), e teremos um país inteiro buscando alternativas para suas comemorações e recorrendo ao consumo como mecanismo de recompensa pela perda da liberdade de ir e vir.
E nessa de buscar recompensas e alternativas para “O que fazer na quarentena?”, redes sociais já retrataram várias fases do comportamento humano no período:

Bem, o que se pode observar é que a forma de a população enfrentar o isolamento social evoluiu bastante no decorrer do processo, entretanto, o público permanece buscando válvulas de escape para o stress causado pela pandemia e, seja através de produtos para exercícios físicos, artesanato, reformas ou qualquer outra forma de auto compensação, o consumo vem sendo o ponto chave deste processo. Não à toa, ao fim de junho, a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, se tornou a mulher mais rica do Brasil, título anteriormente ocupado pela dona do plano de saúde Amil, Dulce Pugliese de Godoy Bueno.

O que observamos a partir disso é que, por mais que a rotina das pessoas tenha mudado drasticamente devido a pandemia, o consumo permanece em alta, mesmo que para isso o público tenha precisado buscar alternativas mais impessoais para conseguir seus produtos; e aqui, encontramos a chave de todo o processo. Desde o advento da internet, profissionais de tecnologia vinham apresentando formas inovadoras de consumo, entretanto, a evolução ocorria a passos lentos. O Covid-19 balançou as estruturas sobre as quais muitos negócios estavam firmados e, acelerou as vendas via internet.

O comércio, principalmente o varejista, sentiu a necessidade de reinventar-se e, nesse processo, quem já trabalhava online, naturalmente, saiu na frente. Empresas como a Magazine Luiza já vinham investindo em e-commerce há algum tempo e, fortalecidas com o processo de evolução no comportamento de consumo, naturalmente, despontaram nas vendas. Outras, como os shoppings centers, ainda tímidos no comércio online, viram-se engatinhando num mercado já dominado por grandes varejistas. Ruim? De forma alguma, o momento cria oportunidades de negócios para um segmento extremamente desenvolvido em Maringá, o de tecnologia da informação, além de oferecer impulso extra aos investimentos em comércio virtual, agora, é necessário agilizar e muito o resultado!

Mas com todas as mudanças, investimentos em tecnologia, venda online, segurança para os clientes que ainda visitam pessoalmente seu negócio… a venda estará garantida, certo? De forma alguma! Nenhuma venda, nunca, estará garantida. O público está em casa, ansioso por conviver, com pressa de sair, num anseio de consumir… Mas hoje, mais do que em qualquer momento, é bombardeado diariamente por um sem número de anúncios, ofertas, promoções… É NECESSÁRIO se reinventar! E reinventar-se além do obrigatório (vender online agora é obrigatório para quem quer sobreviver no mercado). É preciso se fazer ver.

E aqui, cabem as mais criativas estratégias. Os veículos de comunicação estão negociando condições imperdíveis, as agências de publicidade se reinventam a cada dia e o marketing de incentivo permanece em alta e empresas de todo o país estão se movimentando para conquistar e premiar clientes. E não são apenas as grandes empresas que podem fazê-lo, atualmente, a realização de campanhas de incentivo está cada vez mais acessível, desde as taxas de fiscalização até assessorias para realiza-las de forma assertiva. Você pode programar sorteios, concursos culturais, compre e ganhe, colecionáveis… ofereça benefícios extras para clientes de drive in ou delivery, crie formas de oferecer experiências para clientes ansiosos por contatos mais próximos, não esqueça de realizar sonhos! E momento de criar, inspirar, emocionar e encantar!

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