Na política, namoro não é casamento


Por Gilson Aguiar

Jair Bolsonaro foi eleito presidente da república com 55,13% dos votos. Uma votação expressiva que coloca o capitão reformado e deputado à frente do poder executivo. Mas isso não foi empecilho para sua conquista. A onda antipetista e a busca de uma solução radical deu a Bolsonaro o ambiente adequado para sua vitória.

A campanha eleitoral feita na internet e com um ambiente carregado de sensacionalismo e paixões cegas polarizaram a campanha. Apaixonados, nada poderia mudar a decisão dos eleitores. Traídos, por outra paixão eleitoral, Lula, muitos eleitores que tinham depositado suas esperanças no ex-presidente, agora preso, encarcerado, despejam suas esperanças no capitão reformado.

Até onde vai este namoro? Afinal, temos que ter claro, uma coisa é a sedução das eleições e a outra é o casamento de governar o dia a dia do país. Mas ninguém escolhe a dureza da verdade diante da necessidade de ter o sonho da mudança. Há uma longa jornada a ser seguida. Temos que nos preparar para ela.

Ontem, ao receber a notícia de sua vitória nas eleições, Jair Bolsonaro fez um pronunciamento onde apresentou algumas ações de governo. O que não tinha feito em boa parte de seus pronunciamentos. Suas afirmações foram positivas. Em defesa da liberdade, da livre iniciativa, da garantia de direitos, da necessidade de reformas.

Tudo, até agora, vai bem. Porém, sempre é bom lembrar, não estamos ainda no dia a dia do casamento. Vivemos a “lua de mel”. Ela tem data e hora para acabar. O sucesso de nossa escolha será possível de ser avaliado daqui a alguns anos. Por isso, nada a criticar, apenas nos preparar para a racionalidade necessária da vida diária.

 

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